MANIPULAÇÃO TÉRMICA SOBRE A EXPRESSÃO DOS GENES DO CRESCIMENTO E CHOQUE TÉRMICO DURANTE O PERÍODO EMBRIONÁRIO E PÓS-NATAL EM CODORNAS
José Wellington Rodrigues Lima Júnior
Rodrigues Lima Júnior, José Wellington
Marisa Silva Bastos
Silva Bastos, Marisa
Thaís Pacheco Santana
Pacheco Santana, Thaís
Angélica De Souza Khatlab
de Souza Khatlab, Angélica
Keila Mileski Pontes
Mileski Pontes, Keila
Jefté Dos Santos Vieira
dos Santos Vieira, Jefté
Eliane Gasparino
Gasparino, Eliane
Claudson Oliveira Brito
Oliveira Brito, Claudson
Ana Paula Del Vesco
Del Vesco, Ana Paula
31/08/2023
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A temperatura de incubação é um importante parâmetro ambiental com influência sobre o desenvolvimento embrionário das aves. O estresse térmico pode afetar significativamente a fisiologia animal, comprometendo a produção e liberação de hormônios relacionados ao crescimento. A proteína do choque térmico de 70 kDa (HSP70) é expressa em resposta ao estresse oxidativo induzido pelo calor, e por esse razão pode ser usada como um indicador de estresse térmico. Diante disso, este estudo teve como objetivo avaliar os efeitos de duas temperaturas de incubação sobre a taxa de eclosão total, peso ao nascimento, porcentagem de saco vitelínico residual, peso relativo de órgãos e a expressão dos genes receptor do hormônio do crescimento (GHR), fator de crescimento semelhante à insulina tipo 1 (IGF1) e proteína do choque térmico de 70 kDa (HSP70) em embriões de codorna aos 16 e 18 dias de desenvolvimento e pintainhos aos 15 dias de vida. Para isso, foram utilizados 200 ovos de codornas (Coturnix coturnix japonica) incubados em duas temperaturas diferentes: 37,5°C (controle – CTL, n = 100) e 38,5°C (alta temperatura – AT, n = 100). Nos 16º e 18º dias de incubação, os ovos foram pesados e 6 embriões de cada idade, foram selecionados aleatoriamente de cada incubadora, em seguida foram pesados, eutanaseados, os órgãos foram extraídos para a pesagens e amosta do fígado coletada para a análise de expressão gênica. Após a eclosão, 120 pintainhos foram pesados e separados em 2 tratamentos referentes as temperaturas de incubação. Aos 15 dias de vida, 6 aves de cada tratamento foram selecionadas aleatoriamente, pesadas e abatidas para a coleta de órgãos. Os embriões incubados em AT apresentaram maior taxa de eclosão total (74,36 ± 20,52%) que os ovos incubados em CTL (65,00 ± 18,36%) (P<0,05). Foram observadas diferenças significativas (P<0,05) em relação ao peso relativo dos órgãos entre os tratamentos AT e CTL tanto na idade embrionária E16 quanto E18. Os pintainhos com 15 dias de idade oriundos de ovos que foram incubados na CTL apresentaram maior valor de peso relativo do fígado (PRF), peso relativo do baço (PRB) e peso relativo do trato intestinal (PRTI). Os embriões com idade E16 incubados em alta temperatura apresentaram maior expressão dos genes GHR e HSP70 (P<0,05). Já para os embriões com idade E18, assim como os pintainhos com 15 dias de vida, a alta temperatura de incubação resultou em maior expressão dos genes GHR e IGFI (P<0,05). Assim, podemos concluir que a temperatura de incubação pode influenciar parâmetros importantes no desenvolvimento embrionário com consequências também no período de pós-eclosão.
Aves, Embriogênese, Estresse térmico, Estresse oxidativo, Incubação
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