MANEJO DE FLORESTAS NATURAIS DEGRADADAS NA AMAZÔNIA: ESTUDO DE CASO SOBRE CRITÉRIOS DE COLHEITA

Code: 210203038
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Título

MANEJO DE FLORESTAS NATURAIS DEGRADADAS NA AMAZÔNIA: ESTUDO DE CASO SOBRE CRITÉRIOS DE COLHEITA

Autores(as):
  • Marco Antonio Siviero

    Siviero, Marco Antonio

  • Ademir Roberto Ruschel

    Ruschel, Ademir Roberto

  • Jorge Alberto Gazel Yared

    Yared, Jorge Alberto Gazel

  • Sabrina Benmuyal Vieira

    Vieira, Sabrina Benmuyal

  • Agust Sales

    Sales, Agust

  • José Francisco Pereira

    Pereira, José Francisco

  • Osmar José Romeiro de Aguiar

    Aguiar, Osmar José Romeiro de

  • Sílvio Brienza Junior

    Brienza Junior, Sílvio

  • Paulo Cezar Gomes Pereira

    Pereira, Paulo Cezar Gomes

  • Ghaby Alves Berberian

    Berberian, Ghaby Alves

  • Karina Piekarski Siviero Contini

    Contini, Karina Piekarski Siviero

DOI
10.37885/210203038
Publicado em

31/03/2021

Páginas

135-154

Capítulo

7

Resumo

Este trabalho trata de uma experiência inovadora em relação a critérios para colheita de árvores em floresta natural degradada na Amazônia. A pesquisa foi desenvolvida em 535,6 ha de floresta na Fazenda Shet, em Dom Eliseu - PA, usando a base de dados do censo florestal referente a árvores com DAP ≥25 cm. Os critérios para colheita das árvores consideraram, prioritariamente, os seguintes elementos: grau de sanidade, qualidade do fuste (2 e 3), diâmetro máximo a permanecer na floresta (DAP < 100 cm), árvores de menor diâmetro (25 ≥ DAP ≤ 55 cm), espécies com maior densidade de árvores por unidade de área, distribuição diamétrica, segundo o coeficiente de Liocourt, manutenção das espécies intensamente exploradas no passado e com população de árvores ≤ 0,15 arv.ha-1. Foram inventariadas 46.012 árvores, pertencentes a 106 espécies, e planejadas para colheita 23,19% (10.671 árvores), aos 12 anos após a exploração anterior. Baseando-se no planejamento da colheita e seguindo os critérios, a previsão de colheita em relação à população total inventariada teve como resultado: 2,16% árvores pelo critério de sanidade; 15,45% pela forma de fuste; 0,26% pelo diâmetro máximo; 93,93% pelo menor diâmetro; 57,50% pela densidade arbórea; e 5,04% pela manutenção das espécies. A colheita foi realizada em 98,79% das árvores com sanidade comprometida; 22,20% com fuste 2 e 3; 97,39% com diâmetro máximo; 95,02% com menor diâmetro; e 90,30% com maior densidade arbórea. Foram mantidas 98,14% das espécies Astronium lecointei, Cordia goeldiana, Copaifera sp., Hymenaea courbaril, Hymenolobium petraeum, Handroanthus serratifolius e Manilkara elata, intensivamente exploradas no passado, e 98,70% de outras 53 espécies com menor abundância (≤0,15 arv.ha-1). O planejamento da exploração seguindo os critérios de colheita propostos possibilitou a extração de árvores em ciclos de 10 a 12 anos, sendo um tempo menor que o previsto pela legislação. A manutenção da diversidade de espécies arbóreas e a conservação da floresta em pé, previstas com esses critérios técnicos, podem ser alternativas para o manejo florestal ecológica e economicamente viável.

Palavras-chave

Colheita florestal; Diâmetro de colheita; Colheita por distribuição de diâmetros; Manejo florestal

Autor(a) Correspondente
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