MACERAÇÃO BIOLÓGICA DO CAULE DE ANINGA: OBTENÇÃO DE FIBRAS, CARACTERIZAÇÃO TERMOFÍSICA E MICROSCOPIA

Estuda-se o processo de maceração biológica espontânea da aninga (Montrichardia linifera Schott) em um sistema modelo com água estagnada. Realiza-se o monitoramento medindo-se as variações de pH, acidez total e temperatura da água de maceração durante o decorrer do processo. A extração dos feixes fibrosos é efetuada manualmente dos caules, antes e em intervalos aleatórios de tempo durante a maceração. Para dar aplicabilidade à fibra de aninga, a partir do conhecimento de suas propriedades termofísicos de interesse, realiza-se uma caracterização física das fibras determinando-se algumas de suas propriedades físicas, mecânicas e térmicas, utilizando metodologias padronizadas. Faz-se o acompanhamento das variações dos parâmetros de controle do processo de maceração biológica espontânea da fibra de aninga em tanques, visando a obtenção de feixes fibrosos com qualidade para aplicação tecnológica e industrial. Após 70 dias constata-se que o processo de maceração não afeta a resistência mecânica dos feixes fibrosos nem contribui decisivamente para a perda de qualidade. Com a metodologia empregada neste trabalho é possível estimar o comprimento, diâmetro da fibra unitária e do feixe fibroso, massa específica, regain, porosidade, título, força e tensão de ruptura, elongação e calor específico, além de uma análise dos tecidos contidos no caule por meio de microscopia óptica.