LENHA OU CARVÃO VEGETAL? AVALIANDO O POTENCIAL ENERGÉTICO DA ESPÉCIE PROSOPIS JULIFLORA PARA INDÚSTRIA DE CERÂMICA VERMELHA

Objetivo: o objetivo desta pesquisa foi determinar as características físicas, químicas e energéticas da madeira e do carvão vegetal da espécie Prosopis juliflora, utilizada em indústrias de cerâmicas vermelhas da região semiárida. Métodos: Foi utilizada a madeira de algaroba (Prosopis juliflora), espécie exótica, presente na região semiárida e com elevado uso para fins energéticos nas cerâmicas da região. O material coletado foi obtido em uma cerâmica localizada no município de Santa Luzia, Paraíba, Brasil. Foi determinada a densidade básica, composição química (extrativos, lignina e holocelulose), química imediata (materiais voláteis, carbono fixo e cinzas) e poder calorífico da madeira. E após o processo de pirólise da madeira, foi determinada o rendimento gravimétrico, densidade aparente, química imediata e poder calorífico do carvão vegetal. Resultados: Tanto a madeira quanto o carvão vegetal da espécie de P. juliflora apresentam características favoráveis para fins energéticos. Com alta densidade energética e poder calorífico, maior percentual de materiais voláteis e ligninas, e baixo de cinzas na madeira, e maior rendimento gravimétrico em carvão vegetal. Conclusão: Assim, P. juliflora possuí potencial para industria de cerâmica vermelha, contudo, recomenda-se a utilização da espécie em forma de madeira (lenha), por ser um método economicamente mais viável.