LEI MARIA DA PENHA E LEI DO FEMINICÍDIO: UM AVANÇO QUE SE FAZ NECESSÁRIO DIANTE DAS RELAÇÕES ASSIMÉTRICAS NA VIOLÊNCIA DE GÊNERO.
Camila De Freitas Moraes
MORAES, CAMILA DE FREITAS
Rafaelly Cristina Santos Da Silva
SILVA, Rafaelly Cristina Santos da
Taynah Silva De Aviz
AVIZ, TAYNAH SILVA DE
17/07/2020
148-151
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O propósito deste trabalho é tecer algumas considerações sobre a Lei Maria da Penha e a Lei do Feminicídio, procurando, num primeiro momento expor sobre a importância dessas leis como um avanço sociojurídico. Em um segundo momento, traz a questão de que a Lei do Feminicídio complementa a Lei Maria da Penha, uma vez que ambas buscam reprimir a violência em si. No entanto, a Lei do Feminicídio, em especial, compreende as relações de degênero, ou seja, o papel social reconhecido a partir do gênero e punir tais crimes com maior rigor. Nesse aspecto, supõe-se que a violência de gênero tem sua gênese no seio social, sendo comumente mantidas a partir do patriarcalismo e do machismo, já que essa cultura tem como essência a supremacia dos homens nas relações sociais, caracterizando-se pelo modelo de dominação do homem em relação à mulher. Objetiva-se, assim, investigar o que a literatura na era pós-Maria da Penha aponta como razão para a manutenção/aumento no número de assassinatos de mulheres em razão de gênero. E como objetivos específicos levantar e analisar publicações concernentes à violência de gênero; mapear os artigos, dentre os que tratam de violência doméstica, que versam sobre o assassinato de mulheres por razão de gênero; identificar, na literatura encontrada, fatores que possam ter favorecido o surgimento de uma lei específica para tratar do assassinato de mulheres por razão de gênero e apresentar as propostas dos autores para reduzir a ocorrência do feminicídio. A metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica, sendo assim, foram realizadas leituras e análises críticas em doutrinas, artigos e jurisprudências que se manifestam sobre o tema. Conclui-se que tal estudo trata de uma problemática que se atualiza no cenário da sociedade contemporânea, sobretudo no campo da ciência psicológica, jurídica e social. E por isso, reitera-se que um dos fatores essenciais da sanção da Lei do Feminicídio é a notoriedade aos casos de assassinatos de mulheres, visto que permite a possibilidade de se refletir sobre o tema, assim como o mérito de se fomentar discussões e construir novos mecanismos de diálogo. Portanto, a Lei do Feminicídio é uma lei nova, e pesquisas com esse enfoque ainda são inexistentes, deixando um campo ainda muito amplo a ser explorado nas mais diversas perspectivas.
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