JUSTIÇA PARA TOD@S? GÊNERO E TRABALHO NA MAGISTRATURA BRASILEIRA: UM REFERENCIAL TEÓRICO
Rose Angela Vieira Bueno
Bueno, Rose Angela Vieira
Alessandro Vinicius de Paula
Paula, Alessandro Vinicius de
Rita Eliana Masaro
Masaro, Rita Eliana
01/06/2021
148-165
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A construção histórica de um modelo androcêntrico, que considera as mulheres inferiores nas relações sociais, incluso as de trabalho, transpassam todas as esferas da sociedade. Tal modelo não equitativo de relações de gênero está presente, inclusive, no campo de trabalho jurídico da magistratura brasileira. Embora adote um discurso de igualdade de direitos para tod@s, inclusive, apoiando no fato da inserção na carreira realizar-se através de concurso público, a análise dos resultados de estudos recentes evidencia práticas de ascensão na carreira jurídica pautadas em parâmetros que dificultam que as mulheres alcancem os cargos mais altos da magistratura. Percebe-se que as mulheres na carreira jurídica, por serem do sexo feminino, estão sujeitas aos reverses da carreira ocasionados pelos fenômenos do “teto de vidro” e “labirinto de cristal”. Esses dois fenômenos auxiliam na compreensão dos processos que segregam e dificultam a entrada, permanência e ascensão das mulheres da magistratura. Diante do exposto, percebe-se necessidade de ampliar as discussões das desigualdades de gênero no âmbito da magistratura nacional, bem como fomentar ideias para a criação de novas representações sociais em torno das mulheres em cargos de comando, favorecendo a superação das históricas desigualdades de gênero.
Magistratura, Gênero, Trabalho.
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