INVESTIGAÇÃO SOBRE ZOOLOGIA

O objetivo deste estudo é discutir sobre a relação dos microplásticos nos oceanos com os peixes marinhos e sua transferência para seres humanos, além de sugerir medidas mitigadoras para minimizar o impacto dos microplásticos nos ecossistemas marinhos. Os microplásticos (MPs) que não possuem aditivos não apresentam riscos químicos para as espécies aquáticas, contudo, podem provocar a obstrução do sistema digestório. Já os microplásticos que possuem aditivos químicos como componentes, apresentam toxicidade para os peixes marinhos. A ingestão de MPs pode acontecer quando presas ingeridas pelos peixes marinhos já possuem microplásticos no interior do seu organismo ou quando os peixes confundem as partículas de plástico com alimento. Ficou evidenciado que os peixes marinhos são atraídos pelas cores e odores dos MPs. Adicionalmente, estudos também demonstraram que hábitos alimentares dos peixes marinhos influenciam na ingestão dessas micropartículas. A incorporação de microplásticos (MPs) ao corpo humano pode ocorrer por meio da biotransferência que ocorre quando seres humanos se alimentam de organismos contendo MPs ou por meio da ingestão de água, sal marinho, alimentos enlatados e açúcar com essas micropartículas. Estudos apontaram a presença de vários fragmentos de MPs em placentas humanas, nas membranas maternas, fetais e nas corioamnióticas, nas fezes e no intestino humano, demonstrando assim, o nível de exposição humana aos MPs. Sobre as estratégias para minimizar a problemática dos MPs nos oceanos foi apontada a substituição dos plásticos convencionais pelos biocompostos biodegradáveis e uso de enzimas que atuam na modificação de fibras sintéticas. Além disso, estratégias como reduzir a produção e uso de plásticos e reutilizar e reciclar materiais plásticos também foram meios citados pela literatura científica para mitigar a poluição dos oceanos por MPs e consequentemente diminuir os problemas decorrentes dessa poluição.