INTEGRAÇÃO AOS MERCADOS E RENDA EXTERNA À PROPRIEDADE RURAL: UMA ANÁLISE DE AGRICULTORES FAMILIARES EM CAMPINA DO MONTE ALEGRE – SP

No decorrer dos anos, para alguns agricultores familiares, a unidade familiar deixou de ser a única fonte de subsistência, ocasionando a busca por outras estratégias de obtenção de renda, tais como a pluriatividade e os programas sociais. Buscando contribuir para a temática, este trabalho explorou as relações entre a integração aos mercados e a composição da renda (renda agrícola, externa ao lote e benefícios sociais) de produtores familiares, considerando o município de Campina do Monte Alegre (São Paulo) como universo empírico. A integração dos produtores familiares aos mercados foi quantificada pelo Índice de Integração aos Mercados (IIM), que determina a fração da renda agrícola do lote comercializada sem desconsiderar aspectos como a produção alimentar para o autoconsumo e o reaproveitamento de insumos dentro do próprio lote. O IIM foi contrastado com fatores socioeconômicos, a adesão das famílias a programas assistenciais e nível de pluriatividade dos núcleos familiares. Conclui-se que agricultores familiares com baixo nível de integração aos mercados possuem maior dependência à obtenção de renda externa ao lote, advinda de atividades não-agrícolas e/ou benefícios sociais concedidos por instituições governamentais.