INFECÇÃO SIMULTÂNEA POR CITOMEGALOVÍRUS E LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO JUVENIL RETARDANDO O DIAGNÓSTICO E O TRATAMENTO PRECOCE.

Code: 200700778
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Título

INFECÇÃO SIMULTÂNEA POR CITOMEGALOVÍRUS E LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO JUVENIL RETARDANDO O DIAGNÓSTICO E O TRATAMENTO PRECOCE.

Autores(as):
  • Igor de Jesus Pereira da Silva Lima

    Lima, Igor de Jesus Pereira da Silva

  • Maria Luisa de Oliveira Franklin

    FRANKLIN, MARIA LUISA DE OLIVEIRA

  • Amâncio Ferreira Estrela Filho

    Estrela Filho, Amâncio Ferreira

  • Carlos Henrique da Silva Franco

    FRANCO, CARLOS HENRIQUE DA SILVA

  • Fábio Arcoverde Coutinho de Meneses

    Meneses, Fábio Arcoverde Coutinho de

  • Kaio Danillo Veloso Leal

    LEAL, KAIO DANILLO VELOSO

  • Catarina Fernandes Pires

    PIRES, CATARINA FERNANDES

  • Roberta Oriana Assunção Lopes de Sousa

    SOUSA, ROBERTA ORIANA ASSUNÇÃO LOPES DE

  • Luiza de Sá Urtiga Santos

    SANTOS, LUIZA DE SÁ URTIGA

  • Maira Cristine de Sousa

    SOUSA, MAIRA CRISTINE DE

  • Simone Soares Lima

    Lima, Simone Soares

DOI
10.37885/200700778
Publicado em

10/09/2020

Páginas

144-151

Capítulo

12

Resumo

O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma doença inflamatória crônica, e multissistêmica que possui etiologia desconhecida e natureza autoimune (BORBA et al., 2008). Em portadores de LES, infecções constituem uma das maiores causas de morbimortalidade, haja vista o uso de terapia imunossupressora para o tratamento de suas complicações sistêmicas (JEONG et al., 2009). O Citomegalovírus (CMV), patógeno de alta prevalência mundial, destaca-se por mimetizar as manifestações do LES, sendo a coexistência destas duas entidades capaz de retardar o diagnóstico e o tratamento, além de prolongar a sintomatologia, o período de hospitalização e elevar a mortalidade por LES. Este, por sua vez, eleva o risco de acometimento renal, hepático e das retinas pelo CMV.Este artigo analisa o caso de uma paciente de 12 anos, do sexo feminino que, por conta da sobreposição sintomatológica de LES com CMV, teve o diagnóstico e o início da terapêutica retardados, além de maior período de internação. Como reflexo, o quadro se agravou, cursando com febre persistente, comprometimento renal (creatinina 3,7 mg/dL, ureia 127,3 mg/dL, ascite, edema palpebral) e hematológico (hemoglobina 5,3g/dL, plaquetas 145.000/mm3). À época do diagnóstico, cinco meses após o início dos sintomas, a paciente apresentava ainda um quadro de nefrite e derrames pleural e pericárdico. Iniciou-se tratamento com ganciclovir para citomegalovirose. A terapêutica imunossupressora para LES foi iniciada no 30º dia de uso do antiviral, quando ocorreu melhora da febre. Houve resolução da sintomatologia e a paciente foi encaminhada ao ambulatório de LES para seguimento. Conclui-se que a associação entre citomegalovírus e Lúpus Eritematoso Sistêmico pode retardar o início do tratamento com imunossupressores para o LES, a qual é a terapêutica mais indicada, postergando a resposta clínica do paciente ao tratamento. O decorrente prolongamento do tempo de internação de um paciente com déficit imunológico em decorrência do LES também aumenta o risco de complicações futuras.

Palavras-chave

Lúpus Eritematoso Sistêmico. Citomegalovírus. Doenças Inflamatórias Sistêmicas. Imunossupressão.

Autor(a) Correspondente
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