IMAGINÁRIO REVOLUCIONÁRIO EM CACAU, DE JORGE AMADO UM DIÁLOGO COM O MANIFESTO COMUNISTA, DE KARL MARX E F. ENGELS

É objetivo, neste artigo, abordar o imaginário revolucionário marxista edificado no romance Cacau, de Jorge Amado, realizando um cotejamento com as imagens, ideias e os conceitos presentes n’O manifesto comunista, de Karl Marx e Friedrich Engels. Partindo dos pressupostos da Nova História Cultural, em específico de uma história das práticas de leituras, investigamos as representações sociais produzidas pelo escritor militante, neste romance engajado, em relação intertextual e dialógica com os referenciais marxistas por ele apropriados na edificação de seu romance, no que refere à concepção de uma sociedade dividida em classes antagônicas, às condições de exploração, de vida e de trabalho, e ao processo de lutas e de tomada de consciência de classe dos trabalhadores das cidades e fazendas de cacau.