IDENTIFICAÇÃO E MANEJO EMERGENCIAL DA PSICOSE PÓS-PARTO

Code: 221010449
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Título

IDENTIFICAÇÃO E MANEJO EMERGENCIAL DA PSICOSE PÓS-PARTO

Autores(as):
  • Christian José Ferreira Silva

    SILVA, C.J.F

  • Sthella Lídia Gomes

    GOMES, S.L

  • Amanda Soares de Vasconcelos

    VASCONCELOS, A.S

DOI
10.37885/221010449
Publicado em

02/01/2023

Páginas

1588-1599

Capítulo

105

Publicado no livro

OPEN SCIENCE RESEARCH IX

Resumo

INTRODUÇÃO: A psicose pós-parto (PP) é um transtorno de humor pós-natal grave que comumente se manifesta como mania aguda, alucinações e depressão. Sob esse viés, a identificação precoce e a rápida intervenção farmacológica se tornam essenciais para a prevenção de eventos graves subsequentes, como suicídio materno e infanticídio. O transtorno supracitado demanda uma avaliação criteriosa do estado geral da paciente, incluindo a necessidade de hospitalização e garantia de segurança para a usuária, além da possibilidade de uso de benzodiazepínicos, antipsicóticos atípicos. Nessa perspectiva, a manutenção do tratamento em termos psicológicos e psicossociais se torna relevante à medida que infere na qualidade de vida das pacientes diagnosticadas com PP e evita a recidiva dos episódios agudos. OBJETIVO: Analisar os aspectos do atendimento de gestantes em episódios psicóticos agudos em ambiente hospitalar, por meio de uma análise da literatura científica entre janeiro de 2018 e julho de 2022. METODOLOGIA: Foram selecionadas publicações no banco de dados PubMed, utilizando-se os descritores: (postpartum psychosis) AND (emergency) AND (pregnant). Ademais, considerando-se o critério de inclusão de publicações dos últimos 5 anos, reduziu-se a pesquisa de 881 para 541 publicações. RESULTADOS: Em um estudo com 13 mulheres de 25 a 44 anos, uma já apresentava diagnóstico de desordem bipolar e 3 foram diagnosticadas posteriormente ao parto. Ademais, em 16 episódios agudos de psicose pós-parto vivenciados por essas mulheres, 94% desses episódios (13) foram manejados por intermédio de internação hospitalar. Outrossim, no que diz respeito à provisão de saúde mental, em 44% dos episódios (7), as mulheres estavam sob os cuidados secundários de uma equipe de saúde, o que demonstra uma baixa presença de continuidade da linha de cuidado na PP. Nessa perspectiva, os principais antipsicóticos utilizados são a lurasidona e o aripiprazol, além da administração de lítio de 6 a 9 meses, a fim de reduzir sintomas da doença, que podem se acentuar se forem conjugados a antidepressivos sem estabilizadores de humor. CONCLUSÃO: Em decorrência da gravidade da PP, é imprescindível a avaliação imediata do estado da paciente e, em alguns casos, a realização de internação hospitalar, como também da administração de medicamentos que visam ao manejo dos quadros agudos de psicose pós-parto. Ademais, faz-se necessária a assistência em saúde para prevenir a agudização e facilitar a recuperação, promovendo, assim, um suporte a longo prazo.

Palavras-chave

Gestantes, Internação, Psiquiatria.

Autor(a) Correspondente
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