HISTÓRICO DE INTOXICAÇÃO POR AGROTÓXICOS ENTRE TRABALHADORES AGRÍCOLAS DE FRUTICULTURA IRRIGADA NO VALE DO SÃO FRANCISCO

Code: 230513225
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Título

HISTÓRICO DE INTOXICAÇÃO POR AGROTÓXICOS ENTRE TRABALHADORES AGRÍCOLAS DE FRUTICULTURA IRRIGADA NO VALE DO SÃO FRANCISCO

Autores(as):
  • Stefania Evangelista Dos Santos Barros

    Barros, Stefania Evangelista dos Santos

  • Márcia Bento Moreira

    Moreira, Márcia Bento

DOI
10.37885/230513225
Publicado em

19/06/2023

Páginas

79-96

Capítulo

5

Resumo

INTRODUÇÃO: Os efeitos de intoxicação agudos e crônicos são diversos pelos agrotóxicos. Os sintomas são desde gastrointestinais até neuromusculares como: convulsões, dor de cabeça a sintomas crônicos como neurotóxicos retardados, alterações cromossomiais, dermatite de contato, lesões hepáticas, arritmias cardíacas, lesões renais, neuropatias periféricas, asma brônquica, alergias. Então, diante do problema em saúde coletiva que é a intoxicação por agrotóxicos, faz-se necessário compreender como se sucede os casos de intoxicação aguda, assim como as iniciativas de prevenção pelos serviços de saúde junto da população rural. OBJETIVO: relatar o histórico de intoxicação por agrotóxicos entre trabalhadores agrícolas de fruticultura irrigada no Vale do São Francisco, no município de Casa Nova-BA. METODOLOGIA: A pesquisa finalizou com 200 trabalhadores agrícolas, sendo 43 destes de pequenas propriedades; 91 de médio porte e 68 de grande porte. A análise desses dados foi feita mediante a estatística descritiva. Para caracterização da intoxicação por agrotóxicos foram consideradas questões como se sofreu intoxicação, circunstância da exposição, tipo de exposição, história de internação, quais sintomas e avaliação clínica. RESULTADOS e DISCUSSÃO: Quanto aos casos de presença de sintomas de contaminação por agrotóxico 9,50% dos participantes relataram terem passado. Tendo em 100% dos casos o grupo agente agrícola. Em relação à circunstância de contaminação, 57,89% disseram que foi com substância de uso habitual, Sobre o tipo de exposição 89,47% foram eventos agudo-único; Apenas 10,53% dos participantes intoxicados precisaram de internamento; Por fim, nos sintomas apresentados durante a intoxicação, temos em destaque cefaleia (55,00%), tontura (45,00%), náuseas/vômitos (30,00%), dispneia (20,00%), entre outros sintomas; Quanto ao atendimento recebido, 37,5% tiveram da empresa que trabalhavam feito pelo médico do trabalho ou buscaram no âmbito particular, 12,5% receberam atendimento de urgência e emergência e por fim 50% não buscaram atendimento. CONCLUSÃO: O histórico de intoxicação por agrotóxicos foi baixo, em consonância com o descrito pela literatura das subnotificações, em que os sistemas de notificações em intoxicações exógenas por tais causas ainda se encontram em fase de solidificação. Todo este histórico ainda conta com o despreparo, pelos profissionais de saúde, em identificar e notificar tais casos, assim como, pelos agricultores em identificarem os sintomas de intoxicação.

Palavras-chave

Agricultura, Trabalhadores Rurais, Agrotóxico, Intoxicação, Saúde do Trabalhador.

Autor(a) Correspondente
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