GESTÃO PÓS-CONSUMO E IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS DE EMBALAGENS VAZIAS DE PRODUTOS AGROTÓXICOS COMERCIALIZADOS NO BRASIL

Code: 221110819
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Título

GESTÃO PÓS-CONSUMO E IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS DE EMBALAGENS VAZIAS DE PRODUTOS AGROTÓXICOS COMERCIALIZADOS NO BRASIL

Autores(as):
  • Thiago José Da Silva Silva

    Silva, Thiago José da Silva

  • Letícia Cunha Da Hungria

    Hungria, Letícia Cunha da

  • Adriely Coelho De Assunção

    Assunção, Adriely Coelho de

  • Yan Nunes Dias

    Dias, Yan Nunes

  • Ana Regina Da Rocha Araújo

    Araújo, Ana Regina da Rocha

DOI
10.37885/221110819
Publicado em

31/03/2023

Páginas

34-47

Capítulo

2

Resumo

O consumo de agrotóxicos no setor agropecuário brasileiro contribuiu fortemente nos últimos anos para o aumento do volume de resíduos sólidos, especialmente, as embalagens utilizadas para comercialização dessas substâncias. Essas embalagens, quando descartadas de forma inadequada, criam um elevado índice de poluição ambiental e risco a saúde humana, em função do alto grau de durabilidade no ambiente associado à natureza tóxica desses materiais. No Brasil, a conduta legal para o pós-consumo dessas embalagens inclui o processo de Logística Reversa (LR), que viabiliza o recolhimento desses resíduos que são destinados à incineração ou a reciclagem. Neste contexto, os objetivos do estudo foram analisar a evolução de comercialização de agrotóxicos e do volume de embalagens vazias dos agrotóxicos (EVAs) recolhidas e com destinação adequada no Brasil, entre 2011 e 2020. Para isso, foram utilizados dados secundários obtidos em boletins do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e relatórios de sustentabilidade do Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV). Os resultados mostram que, no Brasil, em 2020, foram comercializados mais de 686 mil t de ingredientes ativos de agrotóxicos, salto de 62,6% em relação ao total vendido no ano de 2011. O inpEV processou, nesse intervalo, um retorno total de 429 mil t de EVAs, em que 92% foi destinado à reciclagem e 8% a incineração. Portanto, o mercado de agrotóxicos no Brasil, nos anos avaliados, injetou quantidades consideráveis de resíduos de embalagens no ambiente e uma grande parcela ainda não está inserido em ações de manejo correto desses materiais, tornando-se de caráter urgente à ampliação do sistema de LR brasileiro, para que se tenha maior número de postos e centrais de recebimento das embalagens em locais com menor infraestrutura logística, melhor orientação dos produtores quanto ao armazenamento e devolução de EVAs, e o fortalecimento do comportamento social no cumprimento da responsabilidade compartilhada na gestão desses resíduos.

Palavras-chave

Defensivos agrícolas, Resíduos sólidos, Logística reversa, Incineração, Meio ambiente.

Autor(a) Correspondente
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