FORMAÇÃO DE MULHERES COM DEFICIÊNCIA NA ODONTOLOGIA: REFLEXÕES E UM ESTUDO DE CASO

O gênero tem se mostrado um fator determinante no processo de formação de profissionais da saúde, constituindo uma ameaça potencial durante a avaliação dos estudantes. Tal ameaça pode ser agravada se associada a outras forma de discriminação, como o capacitismo. O aumento do número de alunos portadores de deficiência no ensino superior, é urgente estabelecer estratégias de inclusão na área educacional. Especificamente, nas áreas médicas, ações afirmativas têm sido implementadas nos últimos anos para adaptar as aulas para que os alunos que possuem algum tipo de necessidade especial possam ser plenamente integrados. A fim de corroborar a importância dos pontos mencionados, e demonstrar uma experiência prática na área, este trabalho apresenta um caso de inclusão de uma aluna com agenesia de membro superior no curso de graduação em Odontologia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). O processo incluiu o uso de tecnologia assistiva para permitir a manipulação de instrumentos para a prática de atividades clínicas e melhorar a ergonomia desses instrumentos. A motivação do estudo é a inserção do futuro profissional no ambiente universitário, possibilitando-lhe uma formação igualitária em relação aos seus pares acadêmicos.