FATORES SOCIOECONÔMICOS E NUTRICIONAIS E PREVALÊNCIA DE SIBILÂNCIA EM LACTENTES HOSPITALIZADOS NO SUL DO BRASIL: FATORES SOCIOECONÔMICOS E NUTRICIONAIS E SIBILÂNCIA

Objetivo: Avaliar a associação de fatores socioeconômicos e nutricionais com a prevalência de sibilância em lactentes internados em um hospital universitário de Porto Alegre, RS. Métodos: Estudo transversal, realizado com 162 pares de mães e crianças entre zero e seis meses. Foram analisados dados sociais, tabagismo, idade gestacional, peso ao nascer, aleitamento materno na primeira hora de vida, aleitamento materno exclusivo até seis meses, ingestão de fórmula e de leite de vaca. A associação entre prevalência de sibilância e variáveis sociais e nutricionais foi analisada pela regressão de Poisson. Foram calculados modelos brutos e ajustados para estimar a razão de prevalência com intervalo de confiança de 95%. As variáveis com valor p<0,20 na análise bruta foram incluídas na regressão multivariada, com nível de significância de 5%. Resultados: Foram avaliadas 162 crianças, com mediana de idade de 2 [1,16; 4] meses, 63% (102) do sexo masculino. A prevalência de lactentes sibilantes foi de 17,9% (29). O peso ao nascer teve associação positiva e ingestão precoce de leite de vaca teve associação negativa com a prevalência de sibilância recorrente. Conclusão: Ações como o incentivo ao aleitamento materno exclusivo até os seis meses, a ingestão de leite de vaca em idade adequada são algumas medidas que devem ser valorizadas no cuidado em saúde para que sejam adotadas pelas famílias e possam auxiliar na redução da prevalência de sibilância recorrente em lactentes.