FATORES DE RISCO E MEDIDAS DE PREVENÇÃO PARA CÂNCER DE PÊNIS: UMA REVISÃO DE LITERATURA

O câncer de pênis é um tipo raro de neoplasia, entretanto apresenta-se hodiernamente no Brasil com altas taxas de incidência. Comumente a doença apresenta elevado índice de mortalidade quando correlacionada com o tempo de descoberta e início do tratamento. A enfermidade está associada principalmente à má higiene e infecção pelo papilomavírus humano (HPV). O estudo teve como objetivo identificar os fatores de risco e as medidas de prevenção para o carcinoma peniano. Trata-se de uma revisão de literatura, realizada com 10 artigos, publicados entre o período que compreende os anos de 2012 a 2022 nos bancos de dados das plataformas National Library of Medicine and National Institutes of Health (PUBMED), Scientific Electronic Library Online (SciELO), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS). Foram utilizados os seguintes descritores, “câncer de pênis”, “neoplasias penianas”, “condiloma”, “carcinoma peniano”, “masculinidade”. Os resultados indicam que a prevalência é explicada principalmente por fatores como infecção por HPV, atraso na procura por ajuda médica e má higiene íntima. Nota-se que o diagnóstico precoce, a prática de educação em saúde da enfermagem na promoção do autocuidado na prática da assepsia aliado ao uso de preservativos, se mostram medidas fundamentais na prevenção dos agravos acerca da doença. Em virtude disso, a principal forma de tratamento para essa enfermidade é a penectomia, opção que gera resistência masculina, devido ao estigma existente em torno dos padrões que envolvem “ser homem”, reverberando como uma alternativa que causa impacto negativo no âmbito psicossocial. Portanto, faz-se necessário educar em saúde acerca do tema e das medidas preventivas, visando atenuar a incidência dos casos de câncer peniano.