FATORES DE RISCO COMPORTAMENTAIS MODIFICÁVEIS E DOENÇAS CRÔNICAS: ANÁLISE DE DADOS DO INQUÉRITO TELEFÔNICO VIGITEL (2019)
Luana Lopes Padilha
Padilha, Luana Lopes
Dafiny Heloá Baltazar Fernandes
Fernandes, Dafiny Heloá Baltazar
Jamily Mendes Rodrigues
Rodrigues, Jamily Mendes
Kassia Kayllane Veras Vitor
Vitor, Kassia Kayllane Veras
Kaylane Santos Silva
Silva, Kaylane Santos
Rayla Edwiges Sales Da Silva,
da Silva, Rayla Edwiges Sales
Lilian Fernanda Pereira Cavalcante
Cavalcante, Lilian Fernanda Pereira
Nataniele Ferreira Viana
Viana, Nataniele Ferreira
Samiria De Jesus Lopes Santos
Santos, Samiria de Jesus Lopes
Wyllyane Rayana Chaves Carvalho
Carvalho, Wyllyane Rayana Chaves
31/08/2023
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PROMOÇÃO DA SAÚDE: CONCEITO, ESTRATÉGIA E PREVENÇÃO EM PESQUISA - VOLUME 2
Objetivo: Analisar a associação entre os fatores de risco comportamentais modificáveis e as doenças crônicas não transmissíveis na população brasileira, segundo dados do inquérito telefônico Vigitel de 2019. Métodos: Estudo transversal, realizado por meio de dados secundários do inquérito telefônico Vigitel do ano de 2019. Foram completadas 52.443 entrevistas legíveis, apresentando uma taxa de sucesso do sistema de 69,2%, variando entre 59%, em Macapá, e 75%, em Salvador e no Distrito Federal. Para obter os dados dos entrevistados foi aplicado um questionário sobre as condições sociodemográficas, condições de saúde e os fatores de risco comportamentais modificáveis para doenças crônicas não transmissíveis. Dos dados disponíveis, foram utilizados: fatores sociodemográficos (variáveis confundidoras), fatores de risco comportamentais modificáveis (variáveis de exposição) e doenças crônicas (excesso de peso, obesidade, diabetes e hipertensão), como desfecho. As associações entre as variáveis de exposição e desfecho foram determinadas por meio das razões de prevalência por regressão de Poisson, utilizando modelo hierarquizado (p<0,05). O software Stata® versão 14.0 foi utilizado nas análises. Resultados: Os fatores associados às doenças crônicas, no modelo final, foram: sexo feminino (RP: 0,95; IC95%: 0,92-0,98; p=0,001); ter 25 anos ou mais de idade (p<0,0001); ter companheiro(a) (p<0,0001), ser viúvo(a) (RP: 1,25; IC95%: 1,18-1,30; p<0,0001), separado(a) ou divorciado(a) (RP: 1,10; IC95%: 1,03-1,16; p=0,006); ser de cor preta (RP: 1,11; IC95%: 1,05-1,16, p<0,0001) ou parda (RP: 1,07; IC95%: 1,04-1,11; p<0,0001); ter menos anos de escolaridade: 0 a 8 anos (RP: 1,10; IC95%: 1,05-1,14; p<0,0001) e 9 a 11 anos (RP: 1,06; IC95%: 1,02-1,10; p=0,002); abusar no consumo de bebida alcoólica (RP: 1,07; IC95%: 1,03-1,12; p<0,0001); consumir menos de cinco vezes por semana feijão (RP: 1,05; IC95%: 1,02-1,08; p<0,0001); consumir menos de cinco grupos de alimentos in natura ou minimamente processados (RP: 1,05; IC95%: 1,02-1,08; p=0,001) e consumir cinco ou mais grupos de alimentos ultraprocessados (RP: 0,94; IC95%: 0,90-0,98; p=0,015). Conclusão: Desta forma, marcadores relacionados à desigualdade social e aos maus hábitos alimentares estiveram relacionados às maiores prevalências de doenças crônicas da população brasileira, o que ressalta a importância de políticas públicas que reduzam tais desigualdades e políticas regulatórias que previnam o abuso do álcool, promovam a adoção de práticas alimentares mais saudáveis, assim como outras práticas adequadas em saúde.
Fatores de risco, Doenças não Transmissíveis, Sistema de Vigilância por Inquérito Telefônico, Vigitel.
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