FATORES DE RISCO ASSOCIADOS À OCORRÊNCIA DE ESCHERICHIA COLI EM ESCOLAS DE MUNICÍPIO MARANHENSE COM BAIXO ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO
Iran Da Silva
Da Silva, Iran Alves
Gleyciane Ferreira
Ferreira, Gleyciane Magalhães
Alice Gracia
Garcia, Alice Viene Serra
Deneilson Santos
Santos, Deneilson Neves
Greiciene De Jesus
De Jesus, Greiciene dos Santos
Elison De Macêdo
De Macêdo, Elison Silva
José Pereira
Pereira, José Gomes
Danilo Bezerra
BEZERRA, Danilo Cutrim
Viviane Coimbra
Coimbra, V. C. S.
Nancyleni Bezerra
Bezerra, Nancyleni Pinto Chaves
31/03/2023
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AMAZÔNIA: TÓPICOS ATUAIS EM AMBIENTE, SAÚDE E EDUCAÇÃO - VOLUME 2
A forma mais frequente de utilização da água que pode afetar a saúde do homem é a ingestão direta. A qualidade da água ingerida depende da fonte, do controle e tipo de tratamento, cujos parâmetros de avaliação quantitativo e qualitativo devem ser monitorados, em condições potáveis, com vistas a evitar a disseminação de doenças de transmissão hídrica. Objetivo: Nesse contexto, objetivou-se determinar os fatores de risco associados à ocorrência de Escherichia coli em escolas de município maranhense com baixo índice de desenvolvimento humano. Métodos: Para a realização do estudo foram selecionadas 11 escolas municipais do ensino fundamental e coletadas 24 amostras de água. Para a quantificação do número mais provável de Escherichia coli foi utilizado o sistema cromogênico enzimático e para determinar as variáveis associadas à ocorrência da bactéria em estudo foram determinados os fatores de risco por meio de análise estatística univariada com a utilização do teste não paramétrico qui-quadrado (χ2). Resultados: Das amostras analisadas, 70,84% (n= 17/24) apresentaram valores de E. coli em desacordo com a legislação brasileira que disciplina sobre o padrão de potabilidade. Em 81,81% (n= 9/11) das escolas foram quantificadas E. coli em pelo menos uma ou, em todas as amostras analisadas. A análise univariada revelou que as variáveis “tipo de reservatório”, “responsáveis pelo processo de higienização” e “não existência de algum método ou equipamento para tratamento da água” apresentaram associação estatística significativa (P< 0,05) à ocorrência de E. coli nas escolas avaliadas. Apesar do “sistema de abastecimento” e “existência de fonte de cultivo e/ou criatório de animais” não apresentarem significância estatística neste estudo, evidenciaram razão de chances acima de 1,0 e, por isso devem ser consideradas no estudo dos fatores de risco. Conclusão: Existe risco potencial de transmissão hídrica de E. coli nas escolas municipais avaliadas. O risco é agravado por envolver o consumo de água por crianças e adolescentes, que apresentam maior vulnerabilidade. É necessário que gestores e educadores promovam um acompanhamento frequente da higiene e qualidade microbiológica da fonte de abastecimento e reservatórios de água, além da adoção rápida de medidas preventivas e corretivas que perpassam pelo tratamento da água, higienização periódica e conservação dos reservatórios com o envolvimento de toda a comunidade escolar.
Abastecimento de água, Potabilidade, Unidades de ensino básico, Indicadores de risco.
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