EXPOSIÇÃO PORMENORIZADA DOS ÓBITOS POR DOENÇAS PARASITÁRIAS NEGLIGENCIADAS EM IDOSOS BRASILEIROS
Vinícius José De Oliveira
VJO
Gabriella Dinair Mendonça De Assis
GDMA
Bárbara Telles Piau
BTP
Ueverton Barbosa De Souza
UBS
Bruno Geiss Kober
BGK
Fernanda Vianna Borges
FVB
Danniela Maria Oliveira Silva
DMOS
Douglas Alves Pereira
DAP
João Paulo Martins Do Carmo
JPMC
César Augusto França Abrahão
CAFA
30/06/2023
197-212
13
ENVELHECIMENTO HUMANO E CONTEMPORANEIDADE: TÓPICOS ATUAIS EM PESQUISA
Objetivo: Explanar os aspectos epidemiológicos de óbitos relacionados à doença de Chagas, as leishmanioses e a esquistossomose na população geriátrica brasileira. Métodos: Trata-se de um estudo epidemiológico, ecológico, de desenho misto, incluindo a descrição de tendência temporal e padrões espaciais da mortalidade por doença de Chagas (DC), leishmanioses (LS) e esquistossomose (EQ) no Brasil entre os anos de 2000 e 2021. Foram analisadas informações das declarações de óbitos disponíveis no Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM). A coleta de dados foi realizada entre janeiro e março de 2023. Foram extraídos os números brutos de óbitos por ano, variáveis sociodemográficas (sexo, raça, escolaridade, faixa etária detalhada e estado civil), instituição em que ocorreu o óbito e distribuição geográfica. Resultados: Foram registrados 80.435 óbitos na população idosa brasileira. A doença de Chagas foi a mais prevalente (89.24%), seguida pela esquistossomose (8.63%) e leishmanioses (2.12%). A DC foi a causa de óbito mais prevalente na região Sudeste, e LC e EQ na região Nordeste. Os óbitos foram provenientes de indivíduos com baixa escolaridade e em situação conjugal. O sexo masculino foi o mais afetado pela DC e LC, e o sexo feminino na EQ. Em relação à cor/raça, a DC acometeu mais pessoas brancas, enquanto nas demais doenças em pessoas pardas. Sobre a faixa etária, as vítimas estavam entre 60 e 69 anos, com exceção da DC que vitimou indivíduos entre 70 e 79 anos. Quase 100% dos óbitos aconteceram em hospitais. Conclusão: É notória a preocupante incidência de óbitos na população de idosos, devido às complicações causadas pelas doenças estudadas. Compreender os padrões epidemiológicos dessas doenças é de suma importância para orientar políticas públicas de saúde, buscando o desenvolvimento de estratégias de prevenção e intervenção específicas, voltadas para essa população vulnerável.
Meio ambiente, Medicina preventiva e Saúde pública, Parasitoses, Vigilância em saúde.
Este capítulo está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.
O conteúdo do capítulo e seus dados e sua forma, correção e confiabilidade, são de responsabilidade exclusiva do(s) autor(es). É permitido o download e compartilhamento desde que pela origem e no formato Acesso Livre (Open Access), com os créditos e citação atribuídos ao(s) respectivo(s) autor(es). Não é permitido: alteração de nenhuma forma, catalogação em plataformas de acesso restrito e utilização para fins comerciais. O(s) autor(es) mantêm os direitos autorais do texto.