EVENTOS ADVERSOS DE ENFERMAGEM EXPOSTOS À MÍDIA BRASILEIRA: O QUE ACONTECEU COM A SEGUNDA VÍTIMA?

Objetivo: Descrever os eventos adversos (EA) de Enfermagem que foram expostos à mídia. Métodos: Estudo documental, realizado em setembro de 2019 no provedor “Google” pelos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) “Erros médicos” e “Enfermagem”, combinados de forma integrada. Resultados: Foram selecionadas 6 reportagens. Os erros aconteceram principalmente em hospitais (n=5) e 1 em um posto de saúde. Foram identificados EA nos anos de 2010 (n=1), 2011 (n=1), 2012 (n=3) e 2019 (n=1). Os estados de ocorrência foram Rio de Janeiro (n=2), São Paulo (n=2), Goiás (n=1) e Ceará (n=1). Não foram identificados erros cometidos por enfermeiros, tendo sido os EA observados principalmente entre os técnicos em Enfermagem (n=4) e auxiliares em Enfermagem (n=2). As principais vítimas foram pessoas idosas (n=3), seguidas de criança (n=1), adolescente (n=1) e parturiente (n=1). Dentre os erros observados, foram identificados introdução de substância inapropriada por via intravenosa (n=4), troca de bebês (n=1) e oferta de substância inadequada para ingestão por via oral (n=1). Em relação às consequências para a primeira vítima, os EA culminaram principalmente em óbito (n=4), seguido de depressão (n=1) e lesão em cavidade oral (n=1). Para a segunda vítima, as consequências foram afastamento do trabalho (n=3) e indiciamento por crime culposo (n=3). Considerações finais: O conhecimento acerca dos EA, bem como as consequências de sua repercussão na mídia é capaz de engendrar entre profissionais de Enfermagem comportamentos que qualifiquem a assistência, além de chamar atenção das instituições para a importância de oferecer suporte à segunda vítima.