EVA E O FRUTO PROIBIDO: SEXISMO NO AMBIENTE ACADÊMICO

Code: 230312557
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Título

EVA E O FRUTO PROIBIDO: SEXISMO NO AMBIENTE ACADÊMICO

Autores(as):
  • Maria Cristina Zago

    Zago, Maria Cristina

  • Francisco Fambrini

    Fambrini, Francisco

DOI
10.37885/230312557
Publicado em

31/03/2023

Páginas

11-30

Capítulo

1

Resumo

O objetivo deste estudo é estabelecer uma compreensão a respeito do lugar da mulher na produção do conhecimento científico, a partir do conceito de organizador sociocultural cunhado por René Kaës. Trata-se de um estudo teórico de psicanálise aplicada ao contexto grupal (grupanalítico). Articula-se a definição do mito de Adão e Eva aos conceitos de organizadores psíquicos e socioculturais. Considera-se que no decorrer dos séculos, em diferentes períodos, o imaginário coletivo foi impregnado por mitos, e a estruturação dos vínculos foi colorida por crenças advindas. Atualmente, herda-se um produto desse processo de “ruminação” do mito de Adão e Eva. A elaboração social e cultural dessa representação mítica produz modelos de grupalidade decorrentes. Este mito enquanto expressão de organizadores socioculturais grupais está implicado no processo de desumanização das mulheres. Foi tomado para explicar a violência contra as mulheres, cerceamento e/ou exclusão de sua participação em diferentes âmbitos da sociedade, notadamente, no contexto acadêmico. Entende-se que a representação de Eva esteja mais impregnada pelo pecado, maligno, do que pela curiosidade, virtude, no que se refere a busca do conhecimento. Faz-se necessário desenvolver estratégias de enfrentamento de possíveis desigualdades de acesso a educação, a formação acadêmica, a cargos de gestão baseadas em sexismo.

Palavras-chave

Psicanálise, Psicoterapia de Grupo, Mito, Mulher, Ciência.

Autor(a) Correspondente
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