“ESTOU GRÁVIDA E COM COVID-19”: SENTIMENTOS E PERCEPÇÕES DE GESTANTES ATENDIDAS NO PRÉ-NATAL DE MAIOR RISCO EM UM MUNICÍPIO DO OESTE DE SANTA CATARINA

Introdução: Em 2020, as gestantes foram incluídas no grupo de risco da COVID-19, considerando a maior sensibilidade e vulnerabilidade, podendo apresentar consequências clínicas relevantes, devido às alterações fisiológicas e imunológicas que acompanham a gravidez. O pré-natal de maior risco não deve ser interrompido, pois tem o objetivo de acolher a mulher desde o início da gestação, oferecendo um cuidado singular e humanizado, contribuindo para promoção da saúde, redução de riscos, prevenção de doenças e agravos. Destaca-se, também, que a consulta de enfermagem pré-natal corrobora na qualificação da atenção às gestantes e contribui no reconhecimento das relações afetivas, alterações físicas e emocionais no processo gravídico. Objetivo: Descrever as vivências e percepções de gestantes com COVID-19 em atenção pré-natal de maior risco em um município do Oeste de Santa Catarina. Método: Trata-se de um estudo com abordagem exploratória descritiva de caráter qualitativo, por meio de um questionário contendo cinco perguntas abertas, encaminhadas para os contatos via aplicativo WhatsApp, no intuito de minimizar os riscos em tempos de distanciamento social e pandemia. A pesquisa foi realizada na cidade de Chapecó, município do Oeste do estado de Santa Catarina (SC), na Clínica da Mulher Chapecoense, que se encontra localizada na Secretaria de Saúde de Chapecó (SESAU). Foram convidadas todas as gestantes cadastradas na Clínica da Mulher Chapecoense, que realizam acompanhamento pré-natal de maior risco com idade superior a 18 anos e que em algum momento da gestação positivaram para COVID-19. Resultados e discussão: As necessidades e cuidados de gestantes ainda apontam algumas fragilidades nos atendimentos realizados e nas práticas de cuidado cotidiano. Ficou evidente que o uso de tecnologias leves, leve-duras e duras são de extrema importância para seu acompanhamento, fortalecendo a criação de vínculo e a adesão aos serviços. Conclusão: A pesquisa oportunizou afirmar que a atenção pré-natal de maior risco é fundamental para redução de riscos e agravos para o binômio, contribuindo para redução da morbimortalidade materna/fetal, melhorando o prognóstico e a prestação de uma assistência efetiva e resolutiva. Os dados reforçam a importância da atenção pré-natal centrada em necessidades e cuidado de gestantes para além dos aspectos morfofuncionais e patológicos do processo gravídico.