ESTADO NUTRICIONAL E CONSUMO ALIMENTAR DETERMINAM A (IN)SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL EM FAMÍLIAS DO BOLSA FAMÍLIA?
Emilaine Ferreira dos Santos
Santos, Emilaine Ferreira dos
Angelica Rocha de Freitas Melhem
Melhem, Angelica Rocha de Freitas
Caryna Eurich Mazur
Mazur, Caryna Eurich
01/12/2021
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CIÊNCIAS DA SAÚDE: DESAFIOS, PERSPECTIVAS E POSSIBILIDADES - VOLUME 3
O objetivo deste estudo foi analisar se o estado nutricional e o consumo alimentar determinam a presença de (in)segurança alimentar e nutricional (IA) em famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família. Trata-se de um estudo quantitativo, divido em duas partes: primeira parte retrospectiva e segunda parte prospectiva transversal. Foram avaliadas 104 famílias o que totalizou 232 indivíduos, 98,07% dessas famílias eram chefiadas por mulheres. Em relação a presença de IA 88,46% apresentaram algum grau de IA, sendo sua maior prevalência em famílias com menores de 18 anos. Demonstrou-se alta a prevalência de sobrepeso ou obesidade entre os adultos avaliados (61,1%). O consumo de feijão, um produto culturalmente brasileiro, de baixo custo, favorece que famílias em situação de vulnerabilidade social possam atingir a segurança alimentar e nutricional. Neste estudo o consumo de feijão apresentou fator protetor de 0,190 vezes contra a presença de IA no domicílio. Para garantir a segurança alimentar e nutricional dos beneficiários, é necessário que sejam estabelecidas ações entre os poderes federal, estadual e municipal, como a redução de preços de alimentos saudáveis, a oferta de feiras agroecológicas, além da educação nutricional permanente, a fim de garantir direitos e escolhas que vão além da transferência de renda.
Fome, Nutrição, Política social, Saúde pública.
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