EPIDEMIOLOGIA DOS ACIDENTES POR ANIMAIS PEÇONHENTOS NO ESTADO DO PIAUÍ –BRASIL

Code: 200700627
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Título

EPIDEMIOLOGIA DOS ACIDENTES POR ANIMAIS PEÇONHENTOS NO ESTADO DO PIAUÍ –BRASIL

Autores(as):
  • Silmara Ferreira de Oliveira

    Oliveira, Silmara Ferreira de

  • Nilsa Araújo Tajra

    Tajra, Nilsa Araújo

  • Beatriz Sousa Santos

    Santos, Beatriz Sousa

  • Giovana da Rocha Leal Dias

    Dias, Giovana da Rocha Leal

  • Magda Rogéria Pereira Vianna

    Vianna, Magda Rogéria Pereira

DOI
10.37885/200700627
Publicado em

10/09/2020

Páginas

24-32

Capítulo

2

Resumo

INTRODUÇÃO: Os acidentes por animais peçonhentos (AAP) tem impacto na saúde pública tanto pelo número de casos quanto pela gravidade apresentada, podendo conduzir à morte ou incapacidade para a pessoa acometida. OBJETIVO: Determinar o perfil epidemiológico dos casos de AAP registrados no estado do Piauí no período de 2006 a 2017. MÉTODOS: Estudo epidemiológico descritivo, de abordagem quantitativa. A base de dados utilizada foi o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), disponibilizados pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Foram verificadas as variáveis: casos por ano, sexo, faixa etária, tipo de acidente, classificação final e evolução. RESULTADOS: Entre janeiro de 2006 a dezembro de 2017, foram notificados 19.189 casos de AAP, sendo o ano de 2017 com o maior número de casos 3829 (19%), seguido dos anos de 2016 com 2842 (14%) e 2013 com 2387 (12%). O sexo masculino prevaleceu em todos os anos, com 10643 casos (55%). Quanto a faixa etária, a prevalência deu-se entre as idades de 20-39 anos com 6556 casos, (34%) e 40-59 anos com 5190 casos (27%). Mais da metade dos AAP foram causados por escorpião, com 12381 casos (64%), e a grande maioria foram acidentes leves, com 14042 casos (73%). Além disso, 17111 (89%) evoluíram com cura e 61 casos (0,3%) evoluíram com óbito por este agravo. DISCUSSÃO: Observou-se um aumento progressivo no número de casos de AAP no Piauí com o passar dos anos. Houve prevalência de casos em homens e predominantemente em adultos jovens, representando o risco a que este grupo está submetido. A prevalência dos AAP causados por escorpiões demonstra semelhança com dados nacionais. Apesar da grande maioria evoluir com cura, a taxa de óbitos observada é superior a média nacional. CONCLUSÃO: Embora grande parte dos AAP sejam de classificação leve, o tipo de acidente e a ocorrência de óbitos observada trazem um dado importante para subsidiar medidas de controle, prevenção e orientar o planejamento da assistência a esses casos.

Palavras-chave

Animais Peçonhentos; Epidemiologia; Doenças e Agravos de Notificação Compulsória

Autor(a) Correspondente
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