ENTRE O MEDO E A PREVENÇÃO: REPRESENTAÇÕES SOCIAIS ACERCA DA VACINAÇÃO ENTRE JOVENS E ADULTOS DO ENSINO MÉDIO

Code: 201202453
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Título

ENTRE O MEDO E A PREVENÇÃO: REPRESENTAÇÕES SOCIAIS ACERCA DA VACINAÇÃO ENTRE JOVENS E ADULTOS DO ENSINO MÉDIO

Autores(as):
  • Luciano Luz Gonzaga

    Gonzaga, Luciano Luz

  • Andrea Velloso

    Velloso, Andrea

  • Denise Lannes

    Lannes, Denise

DOI
10.37885/201202453
Publicado em

03/04/2021

Páginas

111-123

Capítulo

7

Resumo

Há na atualidade um movimento antivacinas e que talvez a gênese deste movimento esteja ancorada em representações aversivas acerca da imunização vacinal, na qual se acentua e reverbera com as redes sociais. Comprometendo, por conseguinte, no reaparecimento de doenças consideradas extintas ou controladas pelo Ministério da Saúde. Assim, o objetivo fulcral desta pesquisa é identificar e analisar as Representações Sociais de estudantes, da Educação de Jovens e Adultos – EJA, da periferia da capital do Rio de Janeiro, acerca da imunização vacinal. Caracterizando, portanto, os códigos, as regras e os valores que são compartilhados. Participaram desta pesquisa 57 estudantes, dos quais 64,9% autodeclaram-se não brancos e 50,9 afirmaram ser evangélicos. Apresentam uma média de idade de 30, 6 anos e 61% possuem filhos com menos de 18 anos. O teste de Associação Livre de Palavras (TALP) e a análise de coocorrência das evocações serviram para identificar a centralidade das Representações Sociais acerca da vacinação, a partir da abordagem estrutural de Abric. Os resultados demonstraram que ‘prevenção’, ‘medo’, ‘importante’ e ‘doenças’ foram as evocações mais citadas e com maior prevalência. Contudo, o ‘medo’ é quem suporta a centralidade das Representações Sociais do grupo social pesquisado, constituindo-se, portanto, como o principal elemento de resistência à imunização vacinal particularmente entre os homens. No que tange às mulheres há um reconhecimento de que as vacinas são importantes porque protegem as crianças. Como considerações finais, sugerimos que a prevenção, dessa possível fobia, deva começar o quanto antes e, de preferência, durante a primeira infância quando ocorrem as primeiras experiências com agulhas. Neste propósito, pensamos o quanto as escolas e creches poderiam ser boas aliadas neste enfrentamento juntamente com uma efetiva parceria com a secretaria de saúde. Ademais, importante enfatizar a relevância do atendimento aos pais, preferencialmente por profissionais da saúde mental, para que o ciclo do medo não se perpetue

Palavras-chave

Representações Sociais. Vacinação. Medo.

Autor(a) Correspondente
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