EICHORNIA CRASSIPES (BARONESA): PERCEPÇÃO DOS MORADORES DO ENTORNO DA ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL AÇUDE DE APIPUCOS (RECIFE, PERNAMBUCO, BRASIL)

Code: 220107163
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Título

EICHORNIA CRASSIPES (BARONESA): PERCEPÇÃO DOS MORADORES DO ENTORNO DA ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL AÇUDE DE APIPUCOS (RECIFE, PERNAMBUCO, BRASIL)

Autores(as):
  • Gilvanize de Lima Vasconcelos Cavalcante

    Cavalcante, Gilvanize de Lima Vasconcelos

  • Laise de Holanda Cavalcanti Andrade

    Andrade, Laise de Holanda Cavalcanti

DOI
10.37885/220107163
Publicado em

01/05/2022

Páginas

184-201

Capítulo

11

Resumo

A macrófita Eichornia crassipes (Mart.) Solms (Pontederiaceae) é percebida mundialmente como uma das dez piores invasoras de corpos d´água doce, por causar impactos negativos ao ambiente e às pessoas. Este trabalho objetivou avaliar como a planta é percebida pelos moradores do entorno da APA Açude de Apipucos (Recife, Pernambuco). Empregando-se a técnica bola de neve e formulários semi-estruturados, foram entrevistados 51 moradores (30% homens, 70% mulheres) cujas residências ficam nas margens ou, no máximo, a 300 m do açude. As questões formuladas visaram obter dados etnobotânicos e avaliar se a percepção sofre influência do tempo de moradia no local, faixa etária, gênero e grau de escolaridade. Os entrevistados (jovens, 10%; adultos, 51%; idosos, 39%) pertencem às classes socioeconômicas C e D (2 a 10 salários mínimos). O nível de escolaridade é baixo (fundamental 35%; médio 45%) e apenas 20% tem nível superior. O tempo de moradia no local varia entre 1-10 anos (8%), 11-30 anos (30%), 31-60 anos (44%) e mais de 60 anos (18%). Todos os entrevistados percebem a presença de E. crassipes no açude, conhecida no local como Baronesa, Sargaço, Pasta d’água ou Gigoga. Apenas 18% citaram usos para planta, enquadrados nas categorias alimento para animais domésticos, construção, fertilizante, lúdico e ornamental. A percepção dos moradores não é influenciada pelas caraterísticas socioeconômicas analisadas e 57% a veem como benéfica (alimento para peixes do açude; despoluidora), enquanto 41% percebe sua presença como negativa para eles e para o ambiente.

Palavras-chave

Comunidades urbanas, Etnobotânica, Etnobiologia, Plantas invasoras.

Autor(a) Correspondente
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