EDUCAÇÃO, MEMÓRIAS E HISTÓRIAS: RESISTIR E FLORIR, EM TODOS OS TEMPOS, COMO QUIPÁ

Objetivo: Conhecer, analisar e narrar as vivências de estudantes, mulheres e negras, de escolas públicas de Montes Claros, Minas Gerais, durante os tempos da pandemia de Covid-19. Métodos: Fez-se necessário, metodologicamente, articular dinâmicas para construir uma narrativa que descrevesse histórias de vida de estudantes, mulheres e negras. A História Oral proporcionou esse movimento através das orientações de Portelli (2016) e Meihy (2005). A História Oral não apresenta “verdades absolutas”, mas histórias do sentir, do afeto, do viver, do compartilhar e das memórias. Dessa maneira, a metodologia adotada para as entrevistas consistiu em conversar com três estudantes, porém, valorando a subjetividade como vivências coletivas, narramos as memórias de, apenas, uma estudante denominada no texto como “Quipá”, uma espécie de cactácea. Escolhemos representar nossa colaboradora com essa nomenclatura por causa das suas histórias de vida, cuja resistência em terrenos áridos persiste em sobreviver e florescer, bem como cuidados éticos. Resultados: Apresentou uma reflexão como narrativa histórica por meio da oralidade das memórias de Quipá, estudante, mulher, preta e pobre de Montes Claros, atentado para suas vivências, em especial no exercício de aprender durante o período da pandemia de Covid-19, em Montes Claros. Conclusão: A educação é transformadora desde que seus agentes e sujeitos oportunizem a cidadania como Direito e Dignidade Humana. Quipá é uma grande mulher e o seu exercício de aprender na escola declara a necessidade de políticas públicas inclusivas, efetivas, afetivas e permanentes. Mulheres pretas nas escolas podem modificar realidades de muitas vidas e, não apenas uma só.