ECONOMIA AÇAÍFERA NA AMAZÔNIA - ALTO CRESCIMENTO, BAIXO DESENVOLVIMENTO E DECLÍNIO ALIMENTAR DOS POVOS REGIONAIS
Gilson da Silva Costa
Costa, Gilson da Silva
Glailson Augusto Rocha dos Santos
Santos, Glailson
Elineuza Alves da Silva
Silva, Elineuza Alves da
Hilaíres Lima Maciel
Maciel, Hilaíres Lima
Edineuza Alves da Silva
Silva, Edineuza Alves da
Swasilanne da F. e Silva
Silva, Swasilanne da F. e
Leidiane de Cássia de S. Lima
Lima, Leidiane de Cássia de S.
Rosiane Braga da Silva
Silva, Rosiane Braga da
Juliana Sousa da Silva
Silva, Juliana Sousa da
Lauro S. R. da Silva
Silva, Lauro S. R. da
26/02/2022
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A burguesia imperialista, através do mercado internacional, vem continuamente promovendo a apropriação, extenuação e destruição dos recursos naturais e de florestas tropicais, como a Amazônia, última fronteira para seu modelo predatório de desenvolvimento. Onde as exigências de “crescimento econômico”, e mesmo de “desenvolvimento econômico”, dos circuitos de produção, circulação e reprodução de mercadorias e serviços impactam profundamente, tanto na preservação de biomas ameaçados, quanto nas condições locais/regionais de existência e reprodução da vida de populações tradicionais. Ao utilizarmos, como método de pesquisa, o Materialismo Histórico Dialético e a Teoria Geral dos Sistemas, sintetizados no Materialismo Sistêmico, assim como, dados gerais e específicos aplicados à dinâmica das agroindústrias do açaí na Amazônia, verificamos um descompasso entre parâmetros de “desenvolvimento econômico” e “desenvolvimento humano” que ainda segue a velha política econômica colonialista de acumulação e concentração do capital, uma vez que, as evidências disponíveis indicam que a Economia Açaífera, em dinâmica ascendente sobre toda sua cadeia produtiva (com aumentos de produção, produtividade e lucratividade), não se refletiu, até o momento, em desenvolvimento socioeconômico local/regional, sobretudo, para camponeses, ribeirinhos, pequenos produtores e citadinos dos estratos sociais mais pobres. Mas, pelo contrário, o que se verifica é o aumento da exploração, da concentração de riqueza e da destruição dos socioecossistemas da região estuarina amazônica, além da inflação dos preços do produto no mercado local, o que vem comprometendo a soberania alimentar dos povos amazônicos, que têm na produção e consumo do açaí, tradições milenares.
Economia açaífera, Crescimento Econômico, Desenvolvimento Econômico, Estuário amazônico, Soberania Alimentar.
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