É PRECISO SALVAR O JORNALISMO, OU, UMA REFLEXÃO SOBRE COMO CONSTRUIR UM ENFRENTAMENTO INTERVENCIONISTA À DESINFORMAÇÃO
Ana Paula De Moraes Teixeira
TEIXEIRA, A. P. M.
Aline Cristina Camargo
CAMARGO, A. C.
30/06/2023
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FAKE NEWS: OBJETIVIDADE E SUBJETIVIDADE NA ERA DA PÓS-VERDADE
A discussão proposta neste artigo parte da premissa de que a imprensa tem papel preponderante no agendamento da esfera pública; mas quando se trata do assunto desinformação, a maioria dos principais organismos de comunicação tende a realizar a mesma tarefa: checar a veracidade de conteúdos possivelmente falsos ou distorcidos e divulgar, por meio da web, os apontamentos contraditórios à mensagem enganosa circulante. Um dos pressupostos desta reflexão é o de que não basta, por parte dos grandes veículos de imprensa, fazer o fact-checking de conteúdos duvidosos, falsos ou enganosos, mas sim, de que é preciso também repercutir estrategicamente tais apurações, e que, a despeito de todo o trabalho envolvido na apuração, a divulgação nua e crua do contraditório não é suficiente para o desmonte da engrenagem de manipulação de opiniões, especialmente com relação aos públicos mais vulneráveis à influência desses conteúdos.
Contra-Desinformação, Desinformação, Fact-checking, Jornalismo, Imprensa.
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