DIREITOS HUMANOS E SUBJETIVIDADE: FEMINISMO NEGRO
Jéssyka Sena de Medeiros
Medeiros, Jéssyka Sena de
Ana Luiza Silva da Fonseca
Fonseca, Ana Luiza Silva da
Victória Maria de Freitas Nunes
Nunes, Victória Maria de Freitas
Nilza Alessandra Cardoso Pereira
Pereira, Nilza Alessandra Cardoso
Pamela de Sousa Gonzaga
Gonzaga, Pamela de Sousa
06/09/2022
678-691
48
A história do feminismo negro pode ser considerada como instrumento para refletir sobre o modelo de sociedade que desejamos. No Brasil, o feminismo negro passou a ter força nos anos de 1980. É possível notar na história a modificação dos modos de se abordar a mulher e os papéis sociais atribuídos a ela. Estes papéis configuram-se como forma de poder dentro das relações de gênero. Isso é fulcral tendo em vista que existe uma combinação de opressões sofridas constantemente pela mulher negra - de raça, classe, e outras formas de discriminação - que dificultam as suas lutas e obstaculizam o caminho de se tornarem sujeitos políticos. Desse modo, o presente estudo tem como objetivo analisar o lugar que essa mulher ocupa, considerando a perspectiva sociohistórica e a invisibilidade de sua identidade. Trata-se de um estudo exploratório e descritivo, de abordagem essencialmente qualitativa, partindo de uma revisão bibliográfica composta pelos principais autores da área. Para a análise dos referenciais teóricos será utilizada a Análise de Conteúdo de Bardin (2016). A pesquisa teve como finalidade a realização de um estudo de caso do BBB 22, partindo do referencial teórico do feminismo negro. Foi possível destacar, historicamente na literatura, elementos que reforçam uma cultura patriarcal, machista e misógina, associada a raça, religião, entre outros. Além disso, elementos que desempenham o papel de controle social sobre a participação em ações coletivas e na pauta do Movimento Feminista Negro. Dessarte, vê-se, portanto, a necessidade de mais pesquisas englobando a temática para que possa subsidiar ações políticas com a finalidade de garantir mais oportunidade e reivindicar espaços diante das injustiças. Desse modo, o presente estudo, bem como os demais que surgirão, poderá contribuir seja socialmente, através da própria luta das mulheres, seja nas políticas públicas, a partir dos direitos.
Movimento Feminista Negro, Relações de Gênero, Direitos Humanos.
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