DINÂMICA DAS EMISSÕES DE GASES DO EFEITO ESTUFA (GEE) EM SISTEMAS EXTENSIVOS E CONSORCIADOS COM LEGUMINOSA

A pecuária brasileira é caracterizada por baixos índices zootécnicos e, nos últimos anos, mostrou elevado potencial poluidor ao meio ambiente. A utilização de gramíneas consorciadas com leguminosas compreende uma alternativa para incremento na produção de animais criados a pasto, além de reduzir os impactos ambientais gerados por ruminantes, principalmente em clima tropical. O objetivo dessa revisão foi evidenciar a dinâmica da emissão de gases do efeito estufa gerados em sistemas produtivos de animais da raça Nelore (aptidão para regiões tropicais). O uso de leguminosas assume grande importância especialmente em pastagens formadas por monocultura de gramíneas sem fertilização nitrogenada em estágio de degradação. Essas espécies melhoram a qualidade da liteira, reduzem as emissões de gases, contribuem na ciclagem de nutrientes e no armazenamento do carbono no solo. Nesse cenário, a intensificação da ciclagem do N em pastagens tropicais auxilia na redução do processo de degradação e/ou recuperação dessas áreas, colaborando com os serviços ecossistêmicos e consequentemente na mitigação de gases de efeito estufa.