DEPRESSÃO: O MAL DO SÉCULO?
DEPRESSÃO: O MAL DO SÉCULO?
Daniele Evelin Viana Pinheiro
Jéssica Samantha Lira da Costa
06/11/2020
118-129
8
Aqui, nos propusemos a delinear sobre a atualmente conhecida depressão. Mostraremos como se deu o processo histórico desta psicopatologia tão alarmada nos dias de hoje. Abordaremos a questão histórica da depressão, perpassando pela melancolia, a fim de diferenciá-las e mostrar como uma deu espaço à outra. Depressão, termo tão usado atualmente, contudo, tão pouco conhecido. Um sofrimento psíquico avassalador, que se tornou sinônimo de tristeza, este último um sentimento inerente a todos os seres humanos. Mas por que tal assolação deste tema? Por que um país como os Estados Unidos gasta, anualmente, mais de 76 bilhões em drogas psiquiátricas, a fim de suprir o sofrimento de toda uma população? Por que, atualmente, as pessoas têm a necessidade de terem um diagnóstico e de rotularem-se?Ou até mesmo, quais os motivos de não se falar mais em melancolia e sim em depressão? Estes e muitos outros questionamentos, tentaremos responder neste trabalho. A partir das presentes teorizações deste trabalho, pode-se perceber que a retirada da melancolia em detrimento da depressão é mais um meio de retirar a alma e atribuir o mental. Fora um lampejo, até mesmo de marketing, da psiquiatria, a fim de inseriralgo que pode ser passível do seu controle e com isso, medicado. E por que, cada vez mais a população emgeral, se deslancha a consumir tais medicamentos? Porque eles são uma promessa! Promessa de felicidade,promessa de que ao toma-los, seu sofrimento irá se extinguir. Com isso, procurou-se com o presente trabalhar questionar a medicalização e patologização da subjetividade.
Ler mais...Depressão; Psicopatologia; Medicalização; Subjetividade.
Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional .
O conteúdo dos capítulos e seus dados e sua forma, correção e confiabilidade, são de responsabilidade exclusiva do(s) autor(es). É permitido o download e compartilhamento desde que pela origem e no formato Acesso Livre (Open Access), com os créditos e citação atribuídos ao(s) respectivo(s) autor(es). Não é permitido: alteração de nenhuma forma, catalogação em plataformas de acesso restrito e utilização para fins comerciais. O(s) autor(es) mantêm os direitos autorais do texto.