DEPENDÊNICIA QUÍMICA À NICOTINA ENTRE IDOSOS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

O tabagismo se apresenta como principal causa de mortes evitáveis no mundo, entre essas, 45% dos óbitos por infarto do miocárdio e 85% dos provocados por enfisema. Objetivou-se refletir acerca da iniciação ao consumo de cigarros entre idosos em tratamento de tabagismo em um hospital público do Nordeste. Utilizou-se de metodologia ativa, Problematização, realizada no Hospital Universitário Alcides Carneiro (HUAC) da Universidade Federal de Campina Grande, semanalmente, no período de setembro de 2015 a novembro de 2016. Foram assistidos tabagistas voluntários, de ambos os sexos e idade superior a 18 anos, sendo 32 idosos com idade igual ou superior a 60 anos, de ambos os sexos. No estudo, foram entrevistados 32 idosos com idade igual ou superior a 60 anos, sendo 19 (59,4%) e 13 (40,6%) do sexo feminino e masculino, respectivamente. Em se tratando de um conjunto de estratégias intervencionistas, fundamentadas nos objetivos da Política Nacional de Controle do Tabagismo e elaboradas por uma parceria entre Ensino-extensão, comunidade-Universidade e Secretarias de Saúde, dos 32 pacientes idosos, 10 deles conseguiram cessar fumo completamente, sendo 5 de cada sexo, 7 dos 32 idosos só estiveram presentes na primeira semana, não concluindo assim o tratamento, e o restante, 15 pacientes, não conseguiram abandonar o tabaco, porém reduziram consideravelmente a quantidade de cigarros utilizados por dia. Ademais, constatou-se que a maioria dos idosos começou a fumar mais cedo e fumam uma grande quantidade de cigarros por dia, tal fato pode explicar o porquê ser tão difícil para este grupo parar de fumar.