DEGRADAÇÃO AMBIENTAL EVULNERABILIDADE DE CRIANÇAS NAAMAZÔNIA

Code: 200901184
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Título

DEGRADAÇÃO AMBIENTAL EVULNERABILIDADE DE CRIANÇAS NAAMAZÔNIA

Autores(as):
  • Rejane Correa Marques

    Marques, Rejane Correa

  • Monica Pereira Lima Cunha

    Cunha, Monica Pereira Lima

  • Tainara Ferrugem Franco

    Franco, Tainara Ferrugem

DOI
10.37885/200901184
Publicado em

30/10/2020

Páginas

155-172

Capítulo

10

Resumo

Sabe-se que de 24% do peso global das doenças (expresso em termos de esperança de vida saudável perdida) e 23% de todas as mortes (em termos de mortalidade prematura) pode ser atribuído a fatores ambientais. Esses fatos nos motivaram avaliar as condições de vida e saúde de crianças que sofrem influência de alterações ambientais na Amazônia. A casuística constituiu-se de crianças residentes em área urbana e comunidades ribeirinhas do Rondônia. Os dados foram obtidos após anuência por escrito. Peso, estatura e perímetro cefálico foram analisados através do programa ANTRHO 2007. Para avaliação neurodesenvolvimental utilizamos a Escala de Gesell. Foram avaliadas 217 crianças entre 1 e 59 meses. 51% eram do sexo feminino; 94% foram amamentadas. A maioria das crianças realizava três refeições/dia, intercaladas com leite materno ou fórmula. 46% das mães concluíram o primeiro grau, 41% referiram renda familiar mensal ≤ 1 SM. 38% das residências possuíam fossa negra e 12% jogavam seus dejetos a céu aberto ou no rio; 42% recebiam abastecimento público de água. 7% das crianças apresentavam desnutrição moderada a grave, 13% risco de desnutrição e 8% sobrepeso. A linguagem apresentou os mais baixos escores, isoladamente ou acompanhada de outros setores. O desenvolvimento geral foi influenciado pelos baixos escores nos setores motor e linguagem. As baixas condições de saneamento constatadas predispõem a doenças parasitárias que, quando não tratadas, podem gerar quadros frequentes de diarreia, perda de peso e desnutrição. Condições socioeconômicas desfavoráveis podem dificultar a manutenção de um ambiente familiar adequado para o desenvolvimento infantil. A amamentação estendida é ressaltada como um fator de proteção a saúde de crianças expostas a condições socioeconômicas adversas e degradação ambiental. Os resultados apontam para necessidade de direcionar e articular ações interdisciplinares para tentar solucionar problemas ambientais que guardam estreita relação com a saúde humana e qualidade de vida.

Palavras-chave

Desenvolvimento infantil, ambiente, vulnerabilidade ambiental

Autor(a) Correspondente
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