CULTURA, DOENÇA E IDENTIDADE: : CONTRIBUIÇÃO TEÓRICO-METODOLÓGICA À ECOLOGIA HUMANA MICROBIOLÓGICA

Introdução: As relações entre seres humanos e a comunidade ecológica dependem de fatores socioespaciais e do tempo. Os avanços das ciências naturais encontraram anteparo no mesmo ponto que as humanidades o fizeram: os fenômenos sociais são dependentes da simbolização, que é a base para o uso de faculdades e recursos. Objetivo: Propõe-se, pelo presente, inaugurar a discussão, sem inflacionar desnecessariamente, no campo da ecologia humana sobre doença, cultura e identidade a partir da relação das populações com os microrganismos – mais notadamente, vírus e fungos. Material e métodos: A ênfase, no entanto, é teórico-metodológica: aqui serão lançadas as bases para os futuros estudos nesse campo; esgotar não é o intuito. Resultados: As discussões de ecologia humana são franqueadas pelo uso além do biológico de recursos ecossistêmicos, incluindo os organismos. O recente desenvolvimento da ciência possibilita remontar o impacto da cultura – ou seja, do próprio processo de simbolização – na configuração da relação homem-ecossistema e homem-organismos. Adentrar as sociedades humanas, pressupõe a capacidade, ainda que não intrínseca, do objeto em suprir demandas objetivas e subjetivas. Discussão: A exegese lógico-argumentativa acerca de fatos envolvendo, principalmente, microrganismos patogênicos e humanos em relação ecológica não clássica pouco basta em um ensaio teórico. É preciso, com certa ousadia, delinear do que se tratou até o presente momento a fim de que o leitor compreenda os limites da abordagem proposta. Mais, tenha para si a validade do postulado para outras casuísticas além da disparadora.