CRIANÇA: CORPO QUE FALA, CORPO QUE CRIA, CORPO QUE DANÇA

O cotidiano na escola é caracterizado por um conjunto de experiências e de relações em que as criações da criança importam para pensar o modo como ela comunica aquilo que pensa e expressa nas relações. E é nessa escola que o professor atua não apenas como mediador de conhecimentos, mas também na promoção da interação social e no despertar de sentimentos e habilidades na criança que convive com outras advindas de diferentes espaços e afetos. A partir do nascimento, a criança movimenta-se e por meio de experimentações como correr, saltar, manusear objetos, aperfeiçoa-se. Nessa perspectiva, a dança pode ser uma forma da criança se expressar e interagir socialmente. Assim, objetivou-se analisar a contribuição da dança como expressão corporal lúdica de socialização para crianças de uma turma de 2º ano de uma escola municipal de educação básica no município de Alegrete, RS, composta por catorze crianças entre sete e oito anos de idade. Pesquisa qualitativa do tipo intervenção pedagógica, realizada no período de agosto a novembro de 2018, três vezes por semana em que música era colocada nos últimos quinze minutos de aula e as crianças incentivadas a expressarem-se corporalmente criando suas próprias coreografias. As crianças foram observadas e o registro realizado em um diário de campo. Como resultado da intervenção observou-se maior criatividade, socialização e afetividade entre as crianças e entre as crianças e a professora. Conclui-se que as crianças se mostraram mais receptivas às atividades propostas em grupo e que a dança livre contribuiu positivamente para o comportamento observado.