CORRELAÇÃO ENTRE CAPACIDADE PARA O TRABALHO, QUALIDADE DE VIDA E SONOLÊNCIA DIURNA DE FISIOTERAPEUTAS ATUANTES EM UNIDADES DE TERAPIAS INTENSIVAS DURANTE A PANDEMIA DO COVID-19
Franciso Assis Vieira Lima Júnior
Vieira Lima Júnior, Francisco Assis
Victoria Vivian Lôbo De Carvalho
Lôbo de Carvalho, Victoria Vivian
Maria Luiza Medeiros De Lima
Medeiros de Lima, Maria Luiza
Ravel Cavalcante Marinho
Cavalcante Marinho, Ravel
Ingrid Guerra Azevedo
Guerra Azevedo, Ingrid
30/03/2024
87-98
6
COVID-19 CHRONICLES: PESQUISAS REALIZADAS DURANTE A PANDEMIA
Introdução: Durante a pandemia do COVID-19 os profissionais fisioterapeutas estiveram atuando na linha de frente ao redor do Brasil e do mundo. Sendo assim, encontrou-se de extrema importância a avaliação da qualidade de vida, questões relacionadas ao sono e à capacidade para o trabalho dos fisioterapeutas que atuaram nas unidades de terapia intensiva brasileiras. Objetivo: Avaliar a capacidade para o trabalho, a qualidade de vida e a sonolência diurna de fisioterapeutas que atuaram na linha de frente contra a COVID-19 nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) do Brasil. Métodos: Estudo descritivo, quantitativo e transversal. Todas as etapas da pesquisa foram realizadas de forma virtual através da plataforma Google Forms. Para avaliar a capacidade de trabalho dos participantes, utilizou-se o Índice de Capacidade para o Trabalho (ICT), validado para o Brasil. Para a avaliação subjetiva da sonolência diurn foi utilizada a Escala de Sonolência de Epworth (ESE) e para a qualidade de vida, foi aplicado o questionário 12-Item Short-Form Health Survey (SF-12). Os dados foram analisados pelo SPSS versão 25. Resultados: Aamostra composta por 44 fisioterapeutas intensivistas (idade: 29,25 ± 6,94 anos) maioria do sexo feminino (72,7%), solteiros (52,3%), grande parte residentes na região nordeste (72,6%) e com tempo de formação em sua maioria entre 1-5 anos (65,7%). Os sujeitos apresentaram uma boa capacidade para o trabalho e pouca sonolência diurna. Foi observada uma correlação grande e inversa entre o ICT e sonolência diurna (r = -0,514; p < 0,001). Não houve correlação significativa entre o ICT e o componente físico do SF-12 (r = 0,287; p = 0,059). Foi encontrada correlação grande e direta entre ICT e o componente mental do SF-12 (r = 0,502; p = 0,001). Foi verificada uma correlação moderada e inversa entre sonolência diurna e o componente físico e mental do SF-12 (r = -0,347; p = 0,021; r = -0,300; p = 0,049, respectivamente). Conclusão: A amostra apresentou pouca sonolência diurna e boa capacidade para o trabalho, com correlação moderada e inversa entre os níveis de sonolência diurna e os domínios físico e mental de qualidade de vida. Foi encontrada uma correlação grande e inversa entre a sonolência diurna o ICT. Ao correlacionar o ICT com a qualidade de vida, apenas para o nível mental apresentou uma relação significativa, sendo grande e direta.
Fisioterapia; COVID-19; Qualidade de vida; Sonolência; Trabalho.
Este capítulo está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.
O conteúdo do capítulo e seus dados e sua forma, correção e confiabilidade, são de responsabilidade exclusiva do(s) autor(es). É permitido o download e compartilhamento desde que pela origem e no formato Acesso Livre (Open Access), com os créditos e citação atribuídos ao(s) respectivo(s) autor(es). Não é permitido: alteração de nenhuma forma, catalogação em plataformas de acesso restrito e utilização para fins comerciais. O(s) autor(es) mantêm os direitos autorais do texto.