COMPARAÇÃO DO TEOR DE PROTEÍNA DE RÓTULOS DE SUPLEMENTOS ALIMENTARES COM VALORES EXPERIMENTAIS OBTIDOS PELO MÉTODO DE KJELDAHL

Os suplementos proteicos surgiram como proposta de complementar a dieta nutricional de grupos específicos, suprindo a necessidade de ingestão diária de proteínas e aminoácido essenciais dos indivíduos. Diante dessa situação, torna-se necessária à verificação da regularidade dos teores de proteínas apresentados nos rótulos desses produtos. O presente estudo teve como objetivo comparar os teores proteicos de suplementos alimentares consumidos por praticantes de atividade física no município de Diamantina, MG, com os valores declarados pelos fabricantes nos rótulos dos produtos. As amostras foram coletadas através de doações por praticantes de atividade física nas academias do município de Diamantina - Minas Gerais. Foi aplicado a metodologia oficial (Kjeldahl) para quantificação de proteínas totais alimentícias, e depois compararam-se os resultados obtidos com os declarados nos rótulos dos produtos. Nos resultados obtidos foi possível observar grandes variações nos teores de proteínas totais, entre 34,5 g% e 79,3 g%. O principal motivo desse resultado está associado as diferentes matrizes proteicas dos suplementos, bem como suas formas de produção e fabricantes. Na análise de conformidade, apenas uma amostra obteve o teor de proteína experimental menor que o declarado no rótulo com um erro relativo de 36,4%, entretanto em todas as amostras foram observadas diferenças nos valores, contudo dentro do limite de 20% permitido pela legislação brasileira vigente. Assim, podem concluir que há necessidade de maior controle de qualidade pelas indústrias na elaboração de seus produtos, assim como é necessária uma ação mais efetiva da vigilância sanitária para coibir essas variações nos teores de proteínas dos produtos.