CINEMA, EDUCAÇÃO E ANTIRRACISMO: UM OLHAR SOBRE O DOCUMENTÁRIO SANTO FORTE E SOBRE O BRASIL

Code: 230212205
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Título

CINEMA, EDUCAÇÃO E ANTIRRACISMO: UM OLHAR SOBRE O DOCUMENTÁRIO SANTO FORTE E SOBRE O BRASIL

Autores(as):
  • Gabriella Bertrami Vieira

    Vieira, Gabriella Bertrami

  • Vanda Fortuna Serafim

    Serafim, Vanda Fortuna

  • Mariane Rosa Emerenciano Da Silva

    Silva, Mariane Rosa Emerenciano da

  • Pablo Vinicius Napoli

    Napoli, Pablo Vinicius

DOI
10.37885/230212205
Publicado em

31/03/2023

Páginas

62-79

Capítulo

4

Resumo

Este artigo aborda possibilidades de construção de uma prática educativa antirracista a partir do documentário brasileiro Santo Forte (1999), de Eduardo Coutinho. Buscou-se compreender o movimento do diretor na mencionada obra fílmica e suas formas de representar as religiões de matriz africana no Brasil, bem como, discutir sobre narrativa e alteridade na produção do conhecimento. Para tanto, trazemos à tona a discussão em diálogo com os discursos presentes tanto no documentário, como também as narrativas presentes no contexto analisado, sobretudo ligadas ao catolicismo. O trabalho é pautado metodologicamente em Marcos Napolitano e Edgar Morin, que versam sobre os usos do cinema e suas possibilidades de tencionar e refletir as práticas socioculturais. A partir da recusa ao pensamento disjuntivo, que polariza e distorce os fenômenos históricos e suas manifestações, trabalhamos metodologicamente com uma possibilidade de abordagem mais ampla, que visa estimular e trazer à superfície análises que revelem o caráter complexo dos fenômenos. Acenando, assim, para as possibilidades variáveis da relação entre cinema e prática educativa. Podemos concluir que a obra de Coutinho traz, dentro de suas possibilidades, a perspectiva da escuta sensível da alteridade, e portanto, retoma memórias e tradições culturais da população afro-brasileira apagadas pela colonização. O documentário abre margem para pensarmos maneiras de construir, nesse sentido, uma prática educativa antirracista.

Palavras-chave

Eduardo Coutinho, antirracismo, religiões afro-brasileiras, Santo Forte, educação.

Autor(a) Correspondente
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