CARTOGRAFANDO SABERES E AGENCIANDO SUBJETIVIDADES: O PARFOR E A FORMAÇÃO DOCENTE EM HISTÓRIA

A intenção deste texto é lançar mão de algumas reflexões em torno da construção de saberes mobilizados em função do ensino de História e de sua didática, nuançados pela relação entre a prática historiográfica e a construção de identidades profissionais atreladas ao ofício de historiador/a. O trabalho que deu forma a essa reflexão partiu do interesse em cartografar alguns caminhos que nos permitissem investigar às experiências de ensino e formação vivenciadas por professores-alunos/as da graduação em História na Licenciatura ofertada pelo Plano Nacional de Formação de Professores – PARFOR, em cidades do interior do Rio Grande do Norte, atendidas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte – UERN. Além dos diálogos teóricos e bibliográficos pontuados ao longo da escrita que se segue, a pesquisa em si foi plasmada a partir da leitura e análise de entrevistas, planos de aula, observação e supervisão dos estágios obrigatórios e dos relatórios destes provenientes, que nos possibilitaram ansiar por respostas para a problemática: em que medida a experiência da graduação em História do PAFOR oportunizou a constituição de novas subjetividades e a ressignificação da consciência histórica dos profissionais em formação e como estas incidiram sobre às práticas docentes desses sujeitos? Os resultados dessa investigação apontam, dentre outras questões, para a necessidade do Estado brasileiro repensar sua política de formação e formação continuada dos profissionais de História no sentido de um planejamento multinível criador de condições para que os sujeitos vivenciem o curso em um arco espaço-temporal que lhes possibilite se fazer universidade e não somente estarem nela.