BATATA-DOCE: DIVERSIDADE E CONSERVAÇÃO DOS RECURSOS GENÉTICOS
Vinicius Alves Porto Rodrigues
Porto Rodrigues, Vinicius Alves
Jeany Dare
Dare, Jeany
João Carlos Cansian Junior
Cansian Junior, João Carlos
Ueldiane Quintiliano Lins
Quintiliano Lins, Ueldiane
Monique Moreira Moulin
Moreira Moulin, Monique
01/11/2022
52-66
2
A batata-doce (Ipomea batatas) pertence à família Convolvulaceae, sendo originária da América Tropical, mais precisamente do atual território mexicano até o norte do território colombiano. A hortaliça tuberosa é a sexta cultura alimentar mais relevante no mundo, atrás somente do milho, trigo, arroz, batata comum e mandioca. Somente em 2016 a cultura apresentou uma produção mundial estimada de 100 milhões de toneladas. É cultivada principalmente por pequenos produtores, onde seu cultivo ocorre de forma consorciada à diversas outras culturas em campo, com a finalidade principal de atender a alimentação humana e também a alimentação de animais domésticos. Embora a raiz seja a principal parte consumida, o caule e folhas também podem ser empregados na alimentação humana. A raiz da batata-doce é um alimento energético que pode erradicar carências nutricionais em indivíduos com deficiência de consumo em calorias ou nutrientes. As raízes são constituídas principalmente por carboidratos (85% da matéria seca), mas também são uma ótima fonte de vitaminas (A, C e complexo B), minerais (ferro, cobre e potássio), antioxidantes (carotenoides e antocianinas), proteínas e entre outros. Além disso a batata-doce desempenha uma considerável importância para manter a segurança alimentar, já que é uma das principais fontes de alimento para as populações afetadas pela pobreza. A cultura possui uma considerável variabilidade genética em razão da mesma apresentar poliploidia, uma condição relevante na diversificação e evolução das plantas. Logo, conservar essa diversidade é algo fundamental para a humanidade como um todo, e os bancos de germoplasma podem auxiliar nesse objetivo, já que os mesmos servem como um reservatório de genes. Além disso os bancos de germoplasma disponibilizam informações preciosas sobre a cultura, que são valiosas para melhoristas quando forem desenvolver algum trabalho visando melhorar alguma característica específica como resistência a certa doença ou praga; maior tolerância ao estresse hídrico; maior concentração de carboidratos; vitaminas e minerais na raiz e etc. E em razão dessa importância de preservar a diversidade da cultura em que foi implementado um Banco Ativo de Germoplasma (BAG) de batata-doce no IFES Campus de Alegre, composto por 39 acessos oriundos da região Sul do estado do Espírito Santo, mais especificamente de 4 municípios (Alegre, Jerônimo Monteiro, Mimoso do Sul e Muniz Freire), onde grande parte dos acessos foram obtidos em propriedades rurais, porém foram adquiridos também em mercados e na própria instituição.
Banco ativo de germoplasma, Batata-doce, Preservação, Espírito Santo.
Este capítulo está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.
O conteúdo do capítulo e seus dados e sua forma, correção e confiabilidade, são de responsabilidade exclusiva do(s) autor(es). É permitido o download e compartilhamento desde que pela origem e no formato Acesso Livre (Open Access), com os créditos e citação atribuídos ao(s) respectivo(s) autor(es). Não é permitido: alteração de nenhuma forma, catalogação em plataformas de acesso restrito e utilização para fins comerciais. O(s) autor(es) mantêm os direitos autorais do texto.