AVALIAÇÃO DO RISCO DE SUICÍDIO EM ACADÊMICOS DAS CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS E ARTES

Objetivo: O presente projeto avaliou o risco de suicídio em acadêmicos das áreas das Ciências Sociais Aplicadas e Artes de uma instituição de ensino superior de Assis/SP. Método: Trata-se de um estudo quantitativo, transversal, analítico e descritivo. A população foi composta por 1.327 alunos matriculados, em 2019, nos cursos de humanidades. Após o cálculo amostral pela fórmula de Fisher e Balle, chegou-se ao valor de 82 alunos. Desses, 61 acadêmicos (74,4%) cursavam Direito, seis (7,3%) administração, sete (8,5%) Ciências Contábeis, seis (7,3%) Publicidade e Propaganda e, por fim, dois alunos (2,4%) Fotografia. Aplicou- se o terceiro módulo do Mini International Neuropsychiatric Interview – M.I.N.I - para classificar o risco de suicídio em “baixo”, “moderado” e “alto”. Ministrou-se, também, questionário socioeconômico com 27 questões. Resultados: 53 alunos (64,6%) tiveram baixo risco de suicídio, 13 (15,9%) moderado e 16 (19,5%) elevado. Dentre as variáveis, notou-se significativo a relação entre o risco moderado/elevado de suicídio com o histórico de suicídio familiar (p= 0,005; RR= 2,366) e diagnóstico de transtorno mental (p= 0,001; RR= 2,689). Conclusão: os estudantes das Ciências Sociais Aplicadas e Artes tiveram maior história de autocídio familiar e/ou receberam diagnóstico psiquiátrico são mais propensos ao suicídio. Além disso, os dados sugerem que o consumo de álcool (p= 0,555; RR=0,840) e o fato de não ter filhos (p= 0,823; RR= 0,875) são fatores protetivos.