AVALIAÇÃO DO POTENCIAL ANTIMICROBIANO DE ÓLEOS COMERCIALIZADOS EM UMA FEIRA LIVRE DE RECIFE - PE

Objetivo: avaliar a atividade antimicrobiana dos óleos de pequi (Caryocar brasiliense), coco (Cocos nucifera (L.)) e copaíba (Copaifera officinalis) comercializados em uma feira livre de Recife, Pernambuco. Métodos: os óleos industrializados (I) e não industrializados (NI) foram adquiridos em uma feira livre em Recife, Pernambuco. As diluições seriadas foram realizadas em Tween 80 e álcool etílico absoluto. A atividade antimicrobiana foi avaliada frente a: Staphylococcus aureus, Enterococcus faecalis, Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae, Pseudomonas aeruginosa e Candida albicans. As suspensões microbianas padronizadas - 1,2x108 (bactérias) e 5x105 UFC/mL (levedura) - foram plaqueadas em Ágar Mueller-Hinton (bactérias) e Ágar Sabouraud (levedura). As Concentrações Mínimas Inibitórias (CMI) foram avaliadas por difusão em ágar em cavidades. As placas foram incubadas a 37 °C por 24 horas (bactérias) e a 30 °C por 48 horas (levedura). Os testes foram realizados em triplicata, os halos foram medidos e considerou-se como CMI a menor diluição capaz de formar zona de inibição maior ou igual a 11 mm de diâmetro. Resultados: Dentre os óleos testados, os óleos de copaíba inibiram o crescimento das bactérias Gram positivas - S. aureus (CMI de I e NI: 0,36%) e E. faecalis (CMI de I e NI: 3,12%). Porém, não inibiram o crescimento dos demais microrganismos avaliados. Nas condições testadas, os óleos de pequi e coco não apresentaram atividade antimicrobiana. Conclusão: os óleos de copaíba industrializado e não industrializado apresentaram atividade antimicrobiana contra bactérias Gram positivas. Outros testes envolvendo tanto tais óleos quanto os obtidos a partir de coco e pequi são importantes, considerando outras formas de diluição e outras metodologias de avaliação, bem como técnicas de isolamento dos componentes para observar seus desempenhos.