AVALIAÇÃO BIOQUÍMICO-TOXICOLÓGICO DO EXTRATO DE RAÍZES DE VALERIANA OFFICINALIS EM DUGESIA TIGRINA (GERARD, 1895)

Code: 221010740
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Título

AVALIAÇÃO BIOQUÍMICO-TOXICOLÓGICO DO EXTRATO DE RAÍZES DE VALERIANA OFFICINALIS EM DUGESIA TIGRINA (GERARD, 1895)

Autores(as):
  • Luiz Felipe Ribeiro

    Ribeiro, L.F.

  • Felipe Schaly

    Schaly, F.

  • Welligton Luciano Braguini

    Braguini, W.L.

DOI
10.37885/221010740
Publicado em

31/01/2023

Páginas

44-62

Capítulo

3

Resumo

Valeriana officinalis é conhecida por sua variedade de efeitos terapêuticos, incluindo hipnótico, sedativo, ansiolítico, anticonvulsivante e antidepressivo, por isso tem sido amplamente utilizado na medicina tradicional como um tranquilizante leve. Suas raízes são ricas em sesquiterpenóides (ácido valerênico), ésteres epoxi-iridóides, valtrato, didravaltrato, aminoácidos [arginina, ácido g-aminobutírico (GABA), glutamina, tirosina e alcalóides. Avaliou-se o conteúdo de taninos nos extratos e a toxicidade em planárias Dugesia tigrina. Neste trabalho, os extratos: aquoso (EA), etanol:água (1:3 v/v) (EEA) e acetona:água (1:3 v/v) (EAA), foram avaliados quanto à presença de taninos pelo método gravimétrico. A atividade locomotora e o conteúdo de glicogênio das planárias também foram avaliados após o tempo pré-determinado de exposição aos extratos. O conteúdo de sólidos totais (ST %) foi de 42,8 ± 0,67, 28,64 ± 1,96 e 24,03 ± 4,13 para o EA, EEA e EAA, respectivamente. O Índice de Stiasny (IS%) foi de 3,55 ± 0,93, 14,81 ± 0,96 e 14,51 ± 0,93, para o EA, EEA e EAA, respectivamente. O Teor de Taninos Condensados no Extrato foi de 1,27 ± 0,29, 4,04 ± 0,31 e 2,45 ± 0,46, para o EA, EEA e EAA, respectivamente. O Teor de Taninos Condensados nas Raízes foi de 0,42 ± 0,05, 1,12 ± 0,17 e 0,78 ± 0,18, para o EA, EEA e EAA, respectivamente. Compostos fenólicos em vegetais, principalmente taninos, têm reconhecidamente a função de inibir herbívoros, pois em altas concentrações, frutos, folhas, sementes ou demais tecidos jovens tornam-se impalatáveis aos fitófagos e, ainda, combinado a algumas proteínas, estes tecidos resistem fortemente à putrefação. Esses compostos podem ser utilizados na síntese química como moléculas modelo para o desenvolvimento de inseticidas, ou mesmo medicamentos. O EA não apresentou nenhuma toxicidade para planárias. A concentração letal 50 (CL50 - 96 h) para o EEA foi de 1649,54 mg/L. A atividade locomotora das planárias foi reduzida de 18 a 49%, e de 34 a 76%, nas concentrações que variaram de 20 a 400 mg/L de EA e EEA, respectivamente. O conteúdo de glicogênio não apresentou alteração significativa (P < 0,05) nas concentrações testadas em relação ao controle para o EA e EEA de raízes de valeriana.Conclui-se que EA não é tóxico para planárias, e o EEA apresentou leve toxicidade demonstrada pelo valor de CL50 (96h). O efeito sobre a locomoção mostra o efeito sedativo dos extratos, sendo mais pronunciado pelo EEA.

Palavras-chave

Valeriana, Planária, Taninos, Toxicidade, Glicogênio.

Autor(a) Correspondente
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