ATIVIDADE FÍSICA EM SISTEMAS AGROFLORESTAIS COMO TECNOLOGIA DE PROMOÇÃO DA SAÚDE MENTAL EM LIBERDADE

Políticas públicas de promoção da saúde mental figuram na representação de lutas históricas pelo acesso aos serviços de saúde em sua integralidade. O Sistema Único de Saúde- SUS, por sua vez, apresenta a narrativa de criação de leis em prol da regulamentação de ações do cuidado a todas e todos que dele necessitam. Com o advento das tecnologias leves de cuidado em saúde, fomentar novas perspectivas de consorciar efetividade com eficiência à resolutividade das demandas chegadas na rede de atenção à saúde, torna-se aspecto relevante à consolidação de estratégias dialogadas ao cuidado humanizado. Oportunizar o diálogo intersetorial, interdisciplinar e heterogêneo na coparticipação e estruturação de novas tecnologias de cuidado contribui de modo expressivo à socialização conceitual e de vivências práticas do cuidado. Neste sentido, a experienciação de práticas corporais e atividades físicas em espaços verdes a partir de Sistemas Agroflorestais como tecnologias leves de cuidado em saúde, atentando para a relevância perene de inovações tecnológicas às concepções e garantias do cuidado centrado nas necessidades de quem busca os serviços públicos de saúde, torna-se objeto deste relato de experiência. Tem como objetivo geral avaliar possíveis implicações das expressões de práticas corporais e atividades físicas em espaços verdes no plano terapêutico de usuárias(os) na rede de saúde mental. As ações evidenciadas apontam para novas perspectivas de ofertas de cuidado em rede, considerando aspectos biopsicossociais, de gestão partilhada do processo de trabalho. e de valoração da comunidade que habita nos respectivos territórios, indo ao encontro da reforma psiquiátrica brasileira ainda em curso.