ASSISTÊNCIA A PACIENTE COM DOENÇA TROFOBLÁSTICA GESTACIONAL: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Code: 220408751
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Título

ASSISTÊNCIA A PACIENTE COM DOENÇA TROFOBLÁSTICA GESTACIONAL: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores(as):
  • Francisco Arthur Rolim Bezerra dos Santos

    Santos, Francisco Arthur Rolim Bezerra dos

  • Francisco Gilvan Bezerra dos Santos

    Santos, Francisco Gilvan Bezerra dos

  • Antônia Gabriela Freitas de Vasconcelos

    Vasconcelos, Antônia Gabriela Freitas de

  • Camila Ximenes Pinto

    Pinto, Camila Ximenes

  • Maria Améllya Nunes Diniz

    Diniz, Maria Améllya Nunes

  • Davi Costa de Albuquerque

    Albuquerque, Davi Costa de

  • Gabrielle Lima da Silva

    Silva, Gabrielle Lima da

DOI
10.37885/220408751
Publicado em

01/07/2022

Páginas

22-29

Capítulo

2

Resumo

A doença trofoblástica gestacional representa um espectro de distúrbios ocasionados pela proliferação de células trofoblásticas da placenta humana devido a gametogênese imperfeita, podendo cursar com formas clínicas malignas e benignas. Um fator de extrema importância relacionado a doença é a repercussão emocional após o diagnóstico, já que é uma patologia desconhecida por boa parte das pacientes e repercute com a vivência do processo de luto, o potencial maligno da doença em alguns casos, o posterior e longo acompanhamento ambulatorial e o atraso no plano reprodutivo por 6 meses após a remissão completa da doença. Este relato discorre sobre a experiência vivenciada por um grupo de estudantes de medicina, em um hospital secundário de Fortaleza-Ce, acerca do atendimento de uma paciente de 36 anos, G1P0A0, com idade gestacional de 10 semanas e 6 dias, que apresentava queixa de sangramento transvaginal discreto associado a dor de moderada intensidade há 48 horas, sendo diagnosticada após realização de anamnese, exame físico e exames complementares (ultrassonografia obstétrica e beta-HCG) com Doença Trofoblástica Gestacional (DTG), apresentando repercussões clínicas e psíquicas importantes, devido ao processo de luto e entendimento acerca do processo de saúde e doença. Sabe-se que, de acordo com a literatura, o diagnóstico de qualquer doença é um fator que afeta diretamente o psicológico do paciente e de seus familiares e no contexto da DTG a paciente se depara com o luto pela perda gestacional e com o medo relacionado ao desconhecimento da doença e da sua repercussão na saúde atual e futura e na vida reprodutiva. a. Além disso, diante do quadro de acompanhamento médico prolongado, associado a interrupção da possibilidade de gestar novamente por 6 meses após a normalização do beta-HCG, é possível identificar novos gatilhos para a angústia de muitas pacientes que se deparam com adiamento do sonho da maternidade. Apesar dos entraves, a doença possui bom prognóstico, principalmente em casos de diagnóstico precoce e por isso sua identificação é de extrema relevância, uma vez que podem evitar complicações. Este relato busca descrever a experiência de alunos da graduação do curso de medicina em um atendimento de paciente com diagnóstico de Doença Trofoblástica Gestacional e contribuir na caracterização do quadro clínico dessa doença, permitindo que o profissional de saúde reconheça e estabeleça de forma eficaz a conduta correta para o caso assim como abranja as queixas emocionais, podendo-se fazer escuta ativa, esclarecer e ter empatia pela paciente e seus questionamentos, como forma de deixar a sua experiência com o processo de luto e de saúde-doença menos traumático.

Palavras-chave

Gravidez molar, Mola hidatiforme, Doença trofoblástica gestacional, Luto.

Autor(a) Correspondente
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