AS GEOTECNOLOGIAS NOS INCÊNDIOS EM MATO GROSSO

No centro-oeste do Brasil e localizado no centro geodésico da América do Sul, encontra-se o estado de Mato Grosso, possuindo em seu território uma das maiores biodiversidades do país que contempla ao todo três grandes bioma: a Amazônia, o Cerrado e o Pantanal. Entretanto, nos últimos 30 anos, o bioma que mais tem sofrido com a ação antrópica no estado é o Pantanal, sendo estas ações praticadas geralmente nas planícies e principalmente nos planaltos adjacentes (EMBRAPA, s.d.). Visando unificar as informações acerca dos incêndios ocorridos em Mato Grosso, a presente revisão teve por objetivo discutir sobre os biomas e a aplicação do sensoriamento remoto nos recentes incêndios ocorridos no estado. As geotecnologias apresentam-se como uma importante ferramenta no controle preventivo de queimadas, pois permitem um cruzamento de informações georreferenciadas que facilitam a identificação, quantificação e posteriormente a realização de estudos que tracem uma análise temporal sobre onde esses incêndios costumam ocorrer (SANTOS et al. 2001). A utilização do sensoriamento remoto na detecção e monitoramento de incêndios em Mato Grosso é eficaz e significativa, deixando de ser apenas uma ferramenta adicional e tornando-se então crucial. A identificação dos focos de calor por meios geotecnológicos representa uma importante via de combate às queimadas no estado, permitindo sua repetição várias vezes ao dia quando necessária. Além disso, o sensoriamento remoto facilita a fiscalização em áreas extensas e consideradas remotas, pois possui um acesso rápido a locais onde, normalmente, o monitoramento via terrestre possa trazer riscos aos profissionais atuantes.