APNEIA OBSTRUTIVA DO SONO COMO CRITÉRIO DE DIAGNÓSTICO PARA SÍNDROME METABÓLICA
Vilena Marjana Bezerra Pereira
Pereira,Vilena Marjana Bezerra
Alba Clara Vasconcelos Leopoldo Feitosa
Feitosa,Alba Clara Vasconcelos
Davi Kennedy Bonfim Leal
Leal,Davi Kennedy Bonfim
Kaio Danillo Veloso Leal
Leal,Kaio Danillo Veloso
Larisse Stéffany de Oliveira Albuquerque
Albuquerque,Larisse Stéffany de Oliveira
Manoel Pereira de Araújo Filho
Filho,Manoel Pereira de Araújo
Raquel Helena Kader Lopes de Sousa
Sousa,Raquel Helena Kader Lopes de
Thalita da Rocha Cardoso
Cardoso,Thalita da Rocha
Kelly Palombit
Palombit, Kelly
Carla Maria de Carvalho Leite
Leite,Carla Maria de Carvalho
10/09/2020
301-317
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RESUMOAtualmente existem evidências de que o sono está intimamente relacionado ao controle de múltiplas funções endócrinas e metabólicas, como liberação hormonal, metabolismo de carboidratos, controle de peso e do apetite. Assim, a privação crônica do sono está diretamente relacionada ao estresse emocional e físico, ansiedade, risco cardiovascular (dislipidemias e hipertensão), Diabetes Mellitus e obesidade. A síndrome da apneia obstrutiva do sono (SAOS) consiste em uma doença crônica caracterizada por episódios parciais ou completos de colapso das vias aéreas superiores associados ao sono intermitente, que resulta na dessaturação de oxigênio e fragmentação do sono. O objetivo do presente estudo é verificar se a SAOS está intimamente relacionada com a síndrome metabólica (SM). Trata-se de uma revisão de literatura, realizada por meio da análise de artigos encontrados na plataforma Scielo e Pubmed. Após a análise, setenta artigos foram selecionados para pesquisa e, desses, quarenta e três foram base para o estudo. Como resultado, obteve-se que, assim como na SM, um estado inflamatório leve caracteriza a SAOS: vários estudos relataram um aumento na PCR, IL-6, IL-8 ou TNF alfa em pacientes com SAOS. A hipóxia intermitente aumenta os níveis de HIF-1 alfa, cuja liberação traz consequências para a permeabilidade vascular. Os níveis mais elevados de leptina e grelina podem contribuir para a deposição de gordura, bem como promover a elevação da pressão sanguínea, a agregação de plaquetas e trombose arterial as quais podem predispor o desenvolvimento da aterosclerose e hipertensão. Portanto, as evidências atuais mostram que a SAOS contribui para os critérios de diagnóstico da SM. Entretanto, são necessários estudos longitudinais populacionais para demonstrar a relação causal da SAOS em relação aos distúrbios metabólicos, bem como estudos multicêntricos randomizados e bem controlados para a confirmação do efeito.
apneia obstrutiva do sono, SAOS, síndrome metabólica
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