ANIMAIS AQUÁTICOS COMO BIOINDICADORES DE MERCÚRIO NA AMAZÔNIA

Code: 220509027
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Título

ANIMAIS AQUÁTICOS COMO BIOINDICADORES DE MERCÚRIO NA AMAZÔNIA

Autores(as):
  • Carlos Alberto Machado Da Rocha

  • José Augusto Do Nascimento Monteiro

  • Lorena Araújo Da Cunha

  • Herald Souza Dos Reis

  • Paulo Roberto Da Costa Sá

DOI
  • DOI
  • 10.37885/220509027
    Publicado em

    31/03/2023

    Páginas

    79-100

    Capítulo

    5

    Resumo

    A poluição de ecossistemas aquáticos com mercúrio é um desafio ambiental dos mais relevantes, devido à sua toxicidade, estabilidade e persistência no ambiente. Na Bacia Amazônica, o rejeito de mercúrio proveniente de operações de mineração e pela lixiviação de solos após desflorestamentos, constitui a maior contribuição para a contaminação no meio aquático. Ao ser realizada uma prospecção científica nas bases Scielo e PubMed, sobre biomonitoramento de mercúrio na Amazônia, nos últimos 20 anos, foi encontrado um total de 61 artigos, verificando-se um aumento gradual no número de publicações no período amostrado, além da maior produção ser creditada ao Brasil (55 artigos). Na maioria dos estudos sobre bioacumulação e biomagnificação de mercúrio na Amazônia, espécies de peixes se destacam como bioindicadores, embora alguns anfíbios, répteis e até cetáceos já tenham sido usados nesse papel. A forma orgânica metilmercúrio, por conta de sua lipossolubilidade, é a que mais se acumula nos seres vivos. Os efeitos mutagênicos de mercúrio e seus compostos organomercuriais afetam particularmente a tubulina, interferindo nas fibras do fuso e, consequentemente, na divisão celular, com atraso no movimento anafásico e na divisão centromérica e também podem levar a anomalias cromossômicas como as poliploidias. Compostos de mercúrio também induzem a um colapso geral dos mecanismos antioxidantes na célula através da ligação a grupos sulfidrila da enzima glutationa peroxidase. Os resultados desse colapso são a produção de radicais livres, que podem causar dano permanente ao DNA e favorecem a peroxidação de lipídios, seguida da perda de integridade da membrana e, finalmente, necrose celular. O sistema nervoso central é o alvo principal do metilmercúrio, onde afeta, principalmente, áreas específicas do cérebro e cerebelo. Os testes de genotoxicidade são capazes de detectar mutações nas células expostas ao mercúrio e os mais utilizados são o teste do micronúcleo e o ensaio cometa. Alguns agentes protetores contra a ação de compostos mercuriais vêm sendo testados, com destaque para extratos vegetais, o selênio e o hormônio prolactina.

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    Palavras-chave

    Bioacumulação, Biomagnificação, Mercúrio, Toxicidade.

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