ANÁLISE TECNOLÓGICA DA MADEIRA TERMORRETIFICADA DE SCHIZOLOBIUM PARAHYBA VAR. AMAZONICUM (HUBER EX DUCKE) BARNEBY
ANÁLISE TECNOLÓGICA DA MADEIRA TERMORRETIFICADA DE SCHIZOLOBIUM PARAHYBA VAR. AMAZONICUM (HUBER EX DUCKE) BARNEBY
Natália Lopes Medeiros
Dáfilla Yara Oliveira De Brito
Débora Da Silva Souza De Santana
Emilly Gracielly Dos Santos Brito
Luiz Eduardo De Lima Melo
Javan Pereira Motta
16/06/2020
130-135
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O trabalho teve como objetivo avaliar a qualidade da madeira termorretificada de Schizolobium parahyba var. amazonicum (Huber ex Ducke) Barneby para o uso na indústria madeireira. Foram utilizadas 10 árvores, com 21 anos de idade, provenientes de plantio manejado. Foi retirado um disco de 15 cm de altura da seção transversal de cada árvore a 1,30 m de altura do nível do solo foi definido o tipo de madeira em cada disco em função da posição radial (medula à casca), sendo madeira juvenil e adulta. Cada disco foi dividido, metade do disco utilizada para as análises físicas da madeira e a outra metade foi termorretificada para a análise de resistência natural da madeira a cupins de solo Nasutitermes sp. A termorretificação foi realizada em três temperaturas 160°C, 180°C e 200°C e três tempos 2, 4 e 8 horas. Foram utilizados corpos de prova isentos de defeitos com dimensões nominais de 0,64 x 2,54 x 10,16 cm nas direções tangencial, radial e longitudinal, respectivamente. A qualidade da madeira termorretificada e não termorretificada foi avaliada por meio da perda de massa (%) e o desgaste (nota) após a exposição aos cupins. A espécie apresentou propriedades físicas que a caracterizaram como madeira de alta estabilidade dimensional. A madeira termorretificada a 120ºC obteve as menores perdas de massa e desgaste, enquanto a 200ºC, se observou maior susceptibilidade ao ataque dos cupins, independente do tipo de lenho. Na interação entre o desgaste (nota) e a temperatura se observou que a termorretificação, promoveu redução da resistência da madeira aos cupins. Observou-se que a madeira termorretificada potencializou a biodeterioração, visto que as maiores perdas de massa e menores notas de desgaste foram observadas na maior temperatura e maior tempo de termorretificação, ou seja, 200°C e 8 horas. Logo, a madeira de S. parahyba var. amazonicum possui características físicas aceitáveis ao uso na indústria madeireira, como na produção de painéis laminados, caixotarias. No entanto, o processo de termorretificação a elevadas temperaturas, acima de 160°C e tempos elevados de exposição, acima de 2 horas, não é indicado, pois reduz a resistência da madeira aos cupins de solo Nasutitermes sp., independente de ser madeira juvenil ou adulta. Nesse contexto, sugere-se analisar as mudanças químicas que ocorrem na estrutura da madeira quando esta é submetida à termorretificação nas condições supracitadas.
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